Meus pais eram pessoas simples, mas com um coração bondoso e, sempre voltados à criar eu e meus irmãos da melhor forma possível dentro do limite que eles tinham naquele tempo.
Meu pai era tratorista e trabalhava em uma empresa de estrada e rodagem, vivíamos sempre nos mudando, não tínhamos casa, quando terminava a estrada lá íamos nós de novo, o lugar que ficamos mais tempo foi perto de Maquinique um lugar perto de Itapetinga.
Meu pai comprou uma pequena fazenda, ficamos lá um bom tempo, tinha gado, galinha, porco, carneiro. A casa era bastante grande tinha cinco quartos, uma sala enorme, com uma mesa grande e um banco que acompanhava a mesa. Nesse tempo, nove irmãos. Um irmão meu morreu sete dias de nascido, e eu perguntei a minha mãe, por que tanto filho? E ela disse é a vontade de Deus, e eu disse que Deus é esse, então ela disse peça perdão a Deus você não sabe o que está falando, e sendo a primeira filha tinha que ajudar a minha mãe com as tarefas da casa.
Eu lavava os pratos e dava banho nos meus irmãos pequenos e meus irmãos varriam o quintal e pegavam água no rio com um burro. Meu pai, que alfabetizou a mim e ao meu irmão mais velho. Fomos morar em Itapetinga, para podemos ir para escola, e minha mãe todo ano tinha um filho, e meu pai ia para o trabalho e voltava de quinze em quinze dias.
Meu pai quando estava em casa contava histórias para nós antes de irmos dormir, era uma época muita boa e feliz. Minha mãe não tinha muito tempo, sempre ocupada com tarefas da casa, sempre preocupada comigo e meus irmãos, não gostava muito de conversar, gostava muito era de dar ordens, e ai da gente se não cumprisse! Era uma verdadeira general, nunca vi meus pais brigando ou discutindo, mesmo depois de adulta quando me casei acho que levei da minha mãe a sua forma de comando, e do meu pai a paciência e a doçura. Antes de dormir tínhamos que dar a benção, e rezar para o anjo da guarda, e agradece o dia.
Amo você meu pai!
Amo você minha mãe!
Imensa gratidão, por tudo um grande beijo.