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RELAÇÕES CONJUGAIS E RELACIONAMENTO PAIS E FILHOS

RELAÇÕES CONJUGAIS E RELACIONAMENTO PAIS E FILHOS
Cynthia Ferraboli
jul. 25 - 6 min de leitura
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Reconhecemos a necessidade de viver uma relação afetiva que nos faça, e ao outro, plenos e felizes. Entretanto, a idealização do romantismo na relação geralmente coloca no outro a responsabilidade de nos fazer felizes, ou em nós de fazermos o outro feliz.

Cada um deve buscar seu equilíbrio e felicidade, e quando ambos estiverem bem consigo mesmos e com suas vidas, amando a si mesmos e com amor suficiente para compartilhar, podem então encontrar um ao outro, emocionalmente maduros, sem padrões de dependência, sem esperar que o outro forneça algo que não temos para suprir nossas carências, sem que tenha que nos dar aquilo que não recebemos de nossa mãe ou nosso pai, e outras expectativas imaturas e infantis, causas de fracasso da maioria das relações afetivas.

Dessa forma, o que faz o amor dar certo, é sentir que pertence, primeiramente como criança aos pais. Todos nós temos uma criança interior, e quando incluímos esta criança, damos espaço para revelar pensamentos e sensações, verbalizamos nossos conflitos internos, sentimento de culpa, confusão, tristeza, angústia e ansiedade (OAKLANDER, 1980).

Após a inclusão dessa criança, e que se sinta pertencente à família, quando adulto pode se sentir completa, para fazer parceria que trazem sucesso. Só sendo feliz consigo mesma antes, é que podemos ser felizes a dois.

A partir do momento em que me matriculei no curso, reconheci a dinâmica do meu relacionamento amoroso e a história dos relacionamentos conjugais no meu sistema.

Na família materna, minha avó materna, e meu avô materno, segundo informações, sempre se deram muito bem; entretanto, minha mãe sempre comentou que meu avô cedia as ordens e vontades da minha avó; ela então, que não teve uma vida profissional, olhando apenas para a vida materna.

Já na família paterna, o casamento foi realizado sobre obrigação, imediatamente, as pressas, após o pai da minha avó, descobrir que ela e meu avô haviam namorado. O casamento sempre foi conturbado, de desentendimentos. Minha avó se queixando do comportamento do meu avô para as pessoas, e ele se queixando da rotina de trabalho dela.

Meus pais se casaram por amor, planejaram todas as etapas (fora a minha gestação). Contudo, o casamento sempre foi conturbado, com minha mãe pensando em separação. Meu pai tem atitudes grosseiras, e vícios, onde minha mãe sustentou as finanças da casa sempre. Até eu conhecer as Ordens do Amor, mediava a relação deles, na defesa de minha mãe.

Aos 14 anos de idade, eu conheci meu marido; nosso namoro sempre foi muito agradável, contudo, depois de um tempo, eu sempre encontrava motivos para sugerir a separação, brigar, entrar em conflito. Então, minha vida agora é com muitas dificuldades no relacionamento amoroso.

É por isso, que esse ano eu decidi buscar maior conhecimento das leis sistêmicas, e psicoterapia, para superar meu medo de abandono e amor interrompido, e começar a ser feliz comigo mesma, me fazer feliz, encontrar o amor em mim, para ter sucesso no relacionamento conjugal.

Nesse processo, vivenciar o amor à segunda vista, me aceitando, aceitando que sou de verdade e ficar feliz com isso. As nossas raízes familiares interferem no sucesso de qualquer relacionamento. Uma família é a junção de dois campos familiares em um mesmo ponto. Ou seja, tudo o que somos com o nosso companheiro é a reunião de vivências, dores e amores dos antepassados.

Continuamos algo que já existia.

Na relação homem e mulher não deve existir a ideia de que um é melhor que o outro, por muito tempo, tomava partido de meus pais, considerando minha mãe melhor, minha avó melhor, eu melhor. Homem e mulher devem tornar-se humildes e reconhecer seus limites para poderem unir-se a uma totalidade; deve-se reconhecer a família do parceiro como equivalente à sua; O amor precisa se inserir em uma ordem; Dar e tomar precisa estar em equilíbrio; (HELLINGER, 2006).

Outro fato muito importante, que já percebi, é o Equilíbrio entre dar e receber, pois para o relacionamento amoroso funcionar, é necessário a reciprocidade na generosidade, ficar feliz em ver a felicidade do outro; por longo tempo, tive comportamentos infantis, querendo apenas a minha felicidade.

Não tem como dar certo quando um é criança.

Dessa forma, nosso relacionamento estava disfuncional, pois, meu marido oferece muito mais, porque eu estava travada lá trás.

Aceito e agradeço tudo o que aconteceu, e agora vejo além do explicito, observando os detalhes: Todas as Leis do Amor estão sempre presentes e exigem obediência. A vida nos encaminha para repararmos algo que tenhamos violado. (GUEDES, 2015).

Assim, consigo agora, respeitar os pilares do relacionamento, sendo a primeira regra, Amar de coração: Desejo de fazer o bem; Perceber coisas, fazer algo. Segunda, o Amor Sexual: Alegria de viver/equilíbrio entre os dois. Não sentir desejo significa estar emaranhado.

E a Terceira, o ter Algo em comum: Filhos por exemplo, casal abraçar uma causa juntos e, caso não possam, alguma missão que em comum entreguem como legado à humanidade.

Hoje eu me dou conta de que estou em processo de evolução, tomei a minha criança, olhei para o amor interrompido, e agora consigo ir para a vida adulta, fazendo diferente e mesmo assim permanecendo na minha família.

Obrigada, Obrigada, Obrigada.

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