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RELAÇÕES CONJUGAIS E RELACIONAMENTO ENTRE PAIS E FILHOS

RELAÇÕES CONJUGAIS E RELACIONAMENTO ENTRE PAIS E FILHOS
Lilian Machado
ago. 4 - 3 min de leitura
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Conclusão Módulo 03

Meu pai e minha mãe não se casaram por amor. Descobri isso conforme fui crescendo. Ao contar suas  histórias, tudo foi ficando claro. Houve interesse? Sim! Mas, não financeiro, até porque não havia  muitos recursos dos dois lados.

O que havia para minha mãe era a possibilidade de sair da casa da minha avó, extremamente repressora em muitos aspectos. Para meu pai, a história era outra: ele precisava casar e ter um filho para provar que era homem, pois tinha alguns conflitos sexuais. Assim, decidiram se casar.  

Vi que desenvolveram afeição e carinho um pelo outro e se suportaram, no melhor sentido da palavra, por 23 anos. Houve muitas brigas e desentendimentos. Afinal, estavam juntos, mas separados emocionalmente. Quando se separaram, foi um tormento só, mas, com o passar do tempo, a amizade prevaleceu.

Durante sua infância, meu pai enfrentou muitas perdas, inclusive de irmãos. Também teve que mudar de sua cidade natal. Era muito pobre. Acredito que tudo isso o levou a desenvolver uma baixa autoestima.

Minha avó paterna não era carinhosa. Sei que ela escondia também as bananas das crianças porque tudo era racionado. Meu querido avô paterno era carinhoso o bastante... eu pude usufruir disso.

A história da minha mãe é a seguinte: infelizmente, ficou órfã de pai aos 9 meses de idade, quando foi morar com sua avó materna, já que sua mãe não conseguia dar conta dos cinco filhos e trabalhar. Durante sua infância, minha mãe foi muito bem cuidada e amparada. Ela teve fartura, estudou, brincou... no entanto, aos 15 anos, voltou a morar com a mãe e sofreu demais. 

Ela não queria morar com a mãe, mas continuar com a avó. Não reconhecia a mãe como mãe. Além disso, a minha avó fazia o que podia para tolher todas as liberdades dela, como não deixar que estudasse.

E eu?

Dei-me conta que carrego em mim emaranhados de baixa autoestima (pai) e da orfandade (mãe), mas também uma vontade incrível de estudar e aprender sempre.

Também compreendo agora que reprimo meus filhos e cobro muita responsabilidade deles. Aliás, para mim, a responsabilidade está acima de tudo. Isso é bom, mas, às vezes, ruim também. Preciso me soltar mais. Muitas vezes, só responsabilidade atrapalha. Dou-me conta de que preciso de equilíbrio. Meus avós precisaram batalhar muito para ter o que comer e vestir. Acho que isso vem daí...

Meu casamento foi por amor. já são 25 anos! Quer saber? Enfrentamos noites tão escuras que não consigo contar... Entre elas, a mais terrível... uma traição. Hoje consigo enxergar como eu estava absurdamente imersa nos meus emaranhados de orfandade que não conseguia mais enxergar o meu esposo. Conseguimos sobreviver com a força de Deus, através de muita conversa e terapia.

Nessas linhas, expus a minha vida. Elas são mais alguns passos da minha transformação, da minha cura, da minha jornada.

 

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