No dia 5 de julho, realizamos uma constelação onde a mãe buscava a cura para o sintoma de puberdade precoce da sua filha de 8 anos.
Durante a constelação todos nós percebemos o quanto o masculino estava ferido, distante, excluído. Havia muita raiva entre o feminino e o masculino.
A representante da criança se sentia agitada, ansiosa, nervosa, desesperada ao ver toda aquela confusão de “ gente grande”. Ela dizia: - Vocês não vêem? Eu sou apenas uma criança! Estou com dor de cabeça!
Então os adultos começaram a resolver o conflito entre si. A avó materna olhou para o representante masculino dos antepassados e disse: - Queridos homens, vocês podem voltar para casa, a guerra acabou.
Essa frase trouxe um alívio muito grande para todos os representantes, inclusive a criança. Então o antepassado olha para a avó e diz: - Gratidão por ter nos esperado por tanto tempo, sei que não foi fácil pra vocês também.
Após esse momento, os representantes dos pais também buscam a reconciliação, eles olham um para o outro e respeitam as escolhas que tiveram durante o processo de separação. Finalmente dizem um para o outro: - Esse foi o milagre do nosso amor.
E depois olham para a filha e dizem: - Querida filha, isso é pesado demais para você. Deixa comigo o que é meu e viva a sua infância! (Nesse momento a criança está rindo e a representante busca um cachorro e coloca no seu colo).
Assim, percebemos que os filhos fazem de tudo pelos pais, inclusive tentando adiantar o processo de crescimento, para poder aliviar o destino deles.
Durante a constelação também vimos que a criança buscava, por meio desse sintoma, ajudar a sua mãe a segurar a dor do feminino, de ser mulher. Então cai a ficha da representante da mãe, que ela também precisa se curar por que os filhos só conseguem ser prósperos, felizes e saudáveis quando os pais também são.
A resolução nessa constelação foi de que era necessário devolver a infância para criança, mas também a mãe buscar a própria cura, aproveitando junto com a filha, a infância e curando a sua criança interior também. Desse modo, a filha não vai ter o desejo de crescer antes do tempo para amparar a sua mãe.
Outra situação que ocorreu foi o último representante que entrou na constelação para representar a alegria que faltava na mãe e, justamente, quem representa esse sentimento é um homem, confirmando que, agora, os homens realmente podem pertencer ao sistema e as mulheres também.
A relação entre o feminino e masculino finalmente foi curada e então todos do grupo, representando o sistema familiar dessa cliente, sorriram uns para os outros.
A música final que tocou na constelação foi a música favorita da criança e da mãe:
Pra Você Guardei o Amor - Nando Reis