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RELATO DE CONCLUSÃO DE CURSO - UM NOVO EU

RELATO DE CONCLUSÃO DE CURSO - UM NOVO EU
Maithê Luiza Girardello
jun. 17 - 9 min de leitura
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As constelações sistêmicas surgiram para mim no momento mais transformador da minha vida. Estava passando por uma crise existencial tremenda e suspeitava que o caminho pelo qual eu havia escolhido para mim não condizia com os meus valores e com as virtudes que eu pregava.

Eu sou advogada e estudei para concurso público por 02 anos.

Durante o período em que eu estudei para concurso, sofri muito com crises de ansiedade e insônia, as quais vinham se atenuando bastante. Com o passar do tempo eu me questionava o que esses sintomas queriam mostrar para mim.

Sempre fui muito ligada à espiritualidade e tenho fascínio por assuntos que envolvem autoconhecimento, empoderamento e desenvolvimento pessoal. Então, paralelamente aos estudos para concurso, trabalho, rotina de dona de casa e protetora de 10 cachorros de rua, eu estudava e consumia esses assuntos.

Eu, de fato, era apaixonada por ocultismo e coisas “místicas” desde muito nova, mas nunca havia cogitado a hipótese de trabalhar com isso.

O meu sonho profissional sempre foi ser médica veterinária. Passei no vestibular, ingressei na faculdade e logo desisti. Até hoje eu não compreendo muito bem por que. Acho que sentia saudades de casa. Então comecei a fazer farmácia, devido às influências familiares. Mas, no segundo semestre não fechou a turma e acabei ficando 6 meses parada.

Neste ínterim muita coisa aconteceu. Meus pais decidiram por fim ao relacionamento conjugal. Houve muito atrito familiar. O meu avô materno faleceu. Rompi relacionamentos. Foi um ano muito intenso.

Então, naquele espírito de clamar por justiça, eu decidi fazer direito. Queria ser delegada e prender todos os homens que agredissem as mulheres, verbalmente, psicologicamente ou fisicamente.

No entanto, com o passar do tempo, vemos que não é bem assim. Tive uma grande decepção com o direito ao ver como as coisas aconteciam na prática. Muitas coisas não faziam sentido para mim. Eu, que sempre tive um olhar diferente para as coisas, não conseguia fazer parte e me sentir pertencente àquele sistema.

Decidi advogar. Também não gostei. Sentia que havia feito a faculdade em vão. Parecia que nada mais fazia sentido. Então, como alternativa final, decidi estudar para concurso público. Para mim e para a minha família, eu só seria próspera financeiramente se eu passasse em um concurso. Segundo os ditados familiares e de amigos, eu era muito “certinha” para ser advogada.

Pois bem. Assim eu fiz. Estudei para concurso público por 02 anos. Almejava uma carreira pública e acreditava que somente assim eu seria realizada e feliz. Teria estabilidade, um salário bacana, teria status e tudo que o meu ego clamava como bom.

No entanto, em outubro do ano passado, após outra decepção, eu descobri que na realidade concurso público não era o MEU sonho, mas o sonho que as pessoas e, talvez, a sociedade tinham imposto como algo a ser conquistado por mim. E nunca eu havia parado para cogitar essa possibilidade. Quando me deparei com essa situação sentia que estava caminhando em direção ao abismo. Eu percebi que a vida que eu estava cocriando não fazia o menor sentido para mim. Era vazia. Sem brilho. Sem entusiasmo. Sem vida.

Senti que precisava recalcular a rota e começar tudo de novo. Assumir isso foi a decisão mais desafiadora da minha vida. Passei a maior crise existencial de todas.

Comecei a pensar o que fazia sentido para mim então.

Já havia tido contato com as constelações, mas nada muito profundo.

Comecei a pesquisar consteladores renomados e decidi que faria um curso de constelação. Através da minha terapeuta eu descobri Olinda Guedes. E, como uma linda “coincidência” do destino eu participei da imersão em constelações sistêmicas em novembro de 2020. Foi o primeiro contato que eu tive com constelação com representantes. Só havia ouvido falar. Lembro da sensação como se fosse hoje. Estava ainda mais fascinada. Mal conseguia dormir.

No final da imersão eu tinha certeza de que ali existia algo.

Assim, decidi que iria me inscrever no curso e aprender essa “técnica”. Não sabia se era isso que eu faria no futuro, mas eu queria muito aprender.

No entanto, o meu cartão de crédito havia sido cancelado e ainda não havia chegado o novo cartão para eu realizar a compra. Estava ansiosa para começar e não queria perder essa oportunidade por nada. Eu não aceitei um “não dá” como resposta. Fiz e tentei de tudo, até que a minha mãe, depois de me ouvir falar incansavelmente sobre as constelações me emprestou o cartão dela e decidiu me presentear com esse curso.

No dia seguinte eu iniciei os meus estudos. Estava encantada com as informações.

Naquela época eu havia decidido continuar estudando para concursos até ter uma base em constelações e ver se aquilo era realmente para mim.

A cada módulo eu me transformava um pouco. Achava incrível como as informações chegavam até mim. Eu não entendia, no início, como as respostas chegavam, ou o que eu deveria fazer com tudo aquilo, mas sabia que era para a minha evolução.

Bom, foi no mês de abril deste ano que as pessoas começaram a me procurar. Eu não sabia se poderia ajudar, tampouco me sentia preparada para isso. Tinha medo. Mas, de alguma forma, eu sentia que com as minhas palavras e jeito de falar, as pessoas iam se curando…

Decidi comprar os bonecos e iniciar as constelações gratuitas para as minhas amigas. Aos poucos fui percebendo que embora eu não divulgasse, as pessoas, de alguma forma, chegavam até mim e pediam ajuda.

Com o passar do tempo comecei a confiar em mim e seguir o fluxo. Notava que a constelação de cada um era também uma constelação que pertencia ao meu sistema familiar. Fazia sentido para mim. Ficava um tanto mal, após as constelações, sem saber lidar com toda aquela energia. Foi então que numa aula com a Mestra Olinda Guedes, eu ouvi a seguinte frase: “sim, eu sirvo”.

E, como num passe de mágica, ao final de cada constelação eu falava “eu sirvo” e aquele mal estar ia cessando.

Foi muito impactante para mim perceber como podemos mudar a vida das pessoas com o nosso trabalho. Eu nunca tinha pensado que, de alguma forma, eu conseguiria transformar vidas.

O trabalho com as constelações transforma profundamente as pessoas que querem receber a cura.

Lembro que uma das constelações que mais me impactou foi a de uma amiga que queria trabalhar o seu relacionamento com a mãe. Elas não conseguiam conviver há muito tempo. Despretensiosamente, trabalhamos o tema. Ao final da constelação essa amiga estava pasma, fascinada com a constelação. Eu via o brilho em seus olhos. Passei algumas tarefas e pedi que me retornasse, quando sentisse que algo havia mudado.

Na próxima segunda-feira, ela me mandou uma mensagem dizendo que havia passado o final de semana na casa da sua mãe e, surpresa, ainda comentou que ela havia a abraçado e pedido para retornar.

Naquele momento, ao ler aquelas mensagens, eu tive certeza de que estava no caminho certo.

A cada passo, a cada constelação, a minha vida se transformava. As pessoas chegavam e chegam até mim. Parcerias foram se formando. Oportunidades foram surgindo. O medo foi cessando.

Conforme fui aplicando os conteúdos sistêmicos na minha vida, eu tive a prova de que a vida nos proporciona tudo aquilo que proporcionamos para ela, assim como Olinda Guedes afirmava. O trabalho, além de ser prazeroso, se torna leve.

Eu, certamente, não estaria vivendo tudo isso se não fosse esse curso maravilhoso. Compreendo que tudo foi da forma como que teve que ser. Aceitei o passado. Perdoei quem tinha que perdoar. Pedi perdão. E tudo aos poucos foi se encaixando. As respostas foram surgindo, os segredos sendo revelados. O meu coração foi ficando em paz. Ouso dizer que não sofro mais de ansiedade. Agora eu sei ouvir o meu corpo e entender o que o sintoma quer me dizer.

Sinto que finalmente consegui aceitar os meus pais, tomá-los como são. Sem julgamentos. Em alguns dias de curso a minha mãe fez um movimento que foi tão importante para mim. Ela me agradeceu. E eu me senti livre para ir. Pedi perdão a ela e ao meu pai.

Livrei-os das expectativas que eu havia criado.

Aos poucos o meu relacionamento conjugal também foi melhorando, pois percebia que projetava no meu companheiro o pai que eu não havia tido. Então, aos poucos cada um foi ocupando o SEU LUGAR. Isso foi libertador. Eu ganhei força. E sinto que posso ir muito além.

Apesar do “curto” espaço de tempo, sei que a minha vida deu um salto quântico. E eu devo isso tudo às constelações e à Olinda Guedes.

Gratidão!

 

#RCCFR.

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