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RESSURGINDO DAS CINZAS

RESSURGINDO DAS CINZAS
JAMILE SOUZA VILLA-FLOR
mai. 20 - 8 min de leitura
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Em 2014 descobri que tinha doenças autoimunes, na verdade já tinha os sintomas desde alguns anos antes, mas não sabia que se tratava de uma doença autoimune, vários especialistas, exames e não descobria nada. Só em 2014 que os sintomas se agravaram é que foi descoberto.

Não foi nada fácil ouvir do médico que eu tinha doença autoimune. A primeira coisa que eu perguntei ao médico foi se tinha cura para aquelas doenças.

Ele me encheu de esperança me dizendo que aquelas doenças não tinham cura, mas que nada era impossível, ele tinha pacientes que haviam ficado bons daqueles problemas. Naquele momento, foi a isso que eu me apeguei. Eu disse ao médico que eu seria um desses pacientes que ficaram bons.

Eu saí do consultório um pouco perplexa, temerosa, eu nunca imaginei que teria uma doença daquelas, ditas raras. Mas ao mesmo tempo, eu sai decidida a ficar curada. Então ali começou a minha jornada de cura, porque eu aprendi que cura é jornada, mesmo antes de conhecer a sistêmica.

Comecei a usar os medicamentos passados pelo médico, mas eu não me conformava que teria que usar aqueles remédios para o resto da minha vida. Apesar de naquela época eu ainda não conhecer a sistêmica, mas acredito que inconscientemente ela já estava em mim. Então eu fui buscar entendimento, conhecer sobre os problemas de saúde que eu tinha, porque no meu íntimo eu sabia que poderia ser curada e não precisaria ficar usando aqueles remédios que só tratam os sintomas para o resto de minha vida.

Eu sempre senti que a cura estava dentro de mim, eu comecei a buscar a causa. Fui pesquisar, entender sobre o mecanismo das doenças autoimunes e descobri muitas coisas, inclusive um relato de cura. Então comecei a mudar hábitos alimentares retirando alimentos pró inflamatórios, industrializados, fiz diversas terapias, desde acupuntura, acompanhamento psicológico, fisioterapia, acompanhamento com médicos ortomoleculares e nutricionistas, suplementação de minerais, vitaminas, fitoquímicos, aminoácidos, probióticos, homeopatia… enfim tudo o que ajudava a equilibrar o sistema imunológico e o emocional eu fiz.

Fiz até tratamentos que não são nem reconhecidos aqui no Brasil.

Eu melhorei, consegui desmamar as medicações alopáticas, mas a melhora não foi significativa. Eu achava que dessa forma eu estava tratando a verdadeira causa. Fiquei nessa ilusão até que em 2018 me surgiu um novo sintoma, dessa vez mais agressivo, pois causava lesões no trato digestório, na garganta, na boca. Fiquei sem conseguir comer, só comia alimentos pastosos.

Os médicos não descobriam o que era. Até que em janeiro 2019 eu tive uma crise em que a minha garganta fechou toda e nem água e nem a saliva eu conseguia ingerir, tendo que ficar hospitalizada recebendo alimentação parenteral por quase um mês. Me deram um diagnóstico que mesmo sendo tratado a melhora era bem pouca, saí do hospital consumindo alimentos líquidos, voltei para casa e passou o mês e as lesões na mucosa oral não cediam.

E começaram a surgir em minha pele, lesões dolorosas.

Em abril tive que voltar para o hospital irreconhecível, tomada de lesões. Apesar de tudo isso, me mantive sempre serena e confiante de que tudo daria certo, não sei como, mas mesmo passando por tudo aquilo eu nunca desisti ou me desmotivei, me mantive firme no propósito da cura. O interessante que nessa segunda ida ao hospital eu sentia uma força tão grande dentro de mim, eu não sentia raiva da doença, eu comecei a compreendê-la, a enxergar a mensagem que ela estava me passando e quanto mais eu compreendia, mas força e serenidade eu tinha.

Eu me sentia tão bem comigo, apesar da aparência terrível, meu rosto e o meu corpo todo machucado eu estava bem interiormente, o meu sentimento é de que aquilo tudo era algo de ruim que estava dentro de mim e estava saindo através daquelas chagas. Mesmo estando coberta de feridas eu me amava e sabia que aquilo passaria.

Na primeira vez que eu fiquei internada, uma médica disse para mim que doenças autoimunes significava não gostar de si mesmo, querer agradar aos outros se anulando.

Na hora em que ela me falou isso eu não concordei, porque eu achava que eu me amava. Mas no momento em que o problema foi se agravando e tive que ser hospitalizada novamente a ficha caiu e comecei a refletir sobre o que aquela médica havia me falado.

Apesar de todos aqueles cuidados que eu estava tendo de mudança de hábitos alimentares e demais terapias que eu fiz, as quais citei no início do texto, e que eu achava que eram a causa dos problemas de saúde que eu tinha, na verdade realmente eram fatores importantes e que mereciam atenção, como até hoje eu continuo seguindo, porém não eram a real causa.

Eu só fui descobri a real causa depois que eu conheci a sistêmica, então eu pude entender que o meu estilo de vida emocional estava comprometido por traumas, eu passei a enxergar, e a partir desta percepção eu pude ir na causa raiz de todos os meus problemas e até hoje estou nesta jornada de cura interior.

Após o meu segundo internamento, foi descoberto mais uma doença autoimune, ou seja, o diagnóstico do meu primeiro internamento estava errado e por isso não surtiu efeito. No mês de setembro de 2019 eu conheci a sistêmica através de um profissional excelente, e comecei a pesquisar e compreender sobre ela, e me ajudou muito em minha jornada de cura.

No final de 2019 eu voltei a me alimentar melhor, já conseguia comer alguns alimentos sólidos, mesmo sentindo dor, mas dava para suportar. Em março de 2020 fiz a minha primeira constelação familiar, as coisas foram mudando para mim, a minha consciência passou por um processo de transformação incrível.

Eu amei tanto o estilo terapêutico sistêmico que em maio de 2020 fiz o meu primeiro curso em Constelação Individual com bonecos.

Em relação as doenças autoimunes, eu tenho 5, a última que surgiu, a qual relatei acima ainda está em estado reativo brando, as demais entraram em remissão. Mas eu já me sinto curada. Então nesta jornada de cura na qual ainda me encontro, conheci a mestra amada Olinda Guedes, já tinha ouvido falar nela através da terapeuta que fez a minha primeira constelação, eu até quis fazer o curso com ela, mas na época os cursos eram presenciais, neste ano, em janeiro de 2021 uma amiga terapeuta me enviou o link do whatsApp do grupo de Olinda e eu entrei no grupo e descobri que ela passou a realizar cursos online e agora estou aqui fazendo este curso maravilhoso, a formação real que veio para me completar, assisto as lives e aulas extraordinárias, estou lendo os livros indicados por ela e a cada dia me sinto mais perto dessa tão sonhada cura.

Me sinto uma nova pessoa a cada dia.

O mais maravilhoso de tudo é que a cura está vindo completa, não só na remissão dos sintomas corporais, mas na leveza da alma, uma cura que brota de dentro para fora, como um milagre, uma bênção sem medidas, algo extraordinário. Ainda tenho um caminho longo a seguir, mas já sinto em minha alma um profundo sentimento de paz e muita gratidão.

Eu digo sim para tudo como foi. Esse é o sentimento que tenho em meu coração, o de concordar com tudo como foi.

“A cura não significa que a ferida deixou de existir, significa que ela não controla mais a sua vida.” "A cura é uma jornada."

Gratidão à Vida!

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