Saber Sistêmico - Comunidade da Constelação Familiar Sistêmica
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RESUMO E INSIGHTS DOS MÓDULOS 1, 2, 3 E 4 - Formação Real

RESUMO E INSIGHTS DOS MÓDULOS 1, 2, 3 E 4 - Formação Real
Liane Antonelli
mai. 11 - 29 min de leitura
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Módulo 1 – Fundamentos e Princípios

Aprendi sobre a trajetória de vida de Bert Hellinger e como foram definidas as constelações familiares. Li o livro de Bert “Meu trabalho, minha vida” onde há relatos detalhados desde a sua infância até o seu trabalho como terapeuta e o desenvolvimento das constelações sistêmicas.

Bert foi indicado para o prêmio Nobel da Paz em 2012 pela sua obra. Foi o primeiro terapeuta a ser indicado ao prêmio Nobel. Seu trabalho está difundido em muitos países e minimizando sofrimentos, doenças, pobreza e infelicidade. Seu objetivo era tirar as pessoas do sofrimento. Teve um vasto campo de estudos no pós guerra com os traumas sofridos pelos soldados e seus familiares.

Tive conhecimento que como as constelações familiares foram definidas por Bert Hellinger a partir de estudos já existentes na biologia, física, psiquiatria, matemática, linguagem hipnótica, terapia primal, PNL e análise transacional.

Decidi por estudar as constelações sistêmicas quando numa live a mestra Olinda Guedes disse que todos deveriam se interessar pela biologia porque as constelações eram baseadas na natureza, na vida! Hellinger teve muitos biólogos que colaboraram com suas teorias para a definição do método das Constelação. Precisei ouvir isso para ter certeza da minha escolha pelas Constelações em plena pandemia.

Fiz o fichamento do livro “7 experimentos para mudarem o mundo” e entendi o caráter fenomenológico do campo. Quando desejo alguma coisa com força do pensamento ela se realiza. Orações para pessoas doentes é um bom exemplo. Muitas curas são conseguidas através de orações.

Entendi que o campo informa porque todos os envolvidos desejam a cura do sofrimento. Muitas fichas caíram pois sempre observo como pessoas raivosas e mal humoradas atraem coisas ruins, muitas situações pude evidenciar na pandemia.

A raiva acumulada causa sofrimentos e consequentemente doenças. Quanto mais calmos e serenos formos, mais saúde teremos. A serenidade nasce e nos acompanha a vida toda quando temos um relacionamento funcional desde a infância com nossos pais. A vida nos dá aquilo que somos! Serenidade gera saúde, raiva gera doença! Nas constelações falamos que o “campo informa”.

Insight: Desde criança minha irmã e eu fomos ensinadas a sermos empáticas. Quando julgávamos ou falávamos mal de algum amigo ou familiar minha sempre nos dizia: “Vire o quadro! Ela dizia que minha avó falava assim para ela. Minha mãe era enfática quanto a isto não deixava que criticássemos quem fosse.

Hoje este comportamento é chamado de empatia. Fiz até um post no meu insta sobre isto. Meu pai era enfático com relação a mentira. Sempre falava como era feio mentir, pois a verdade sempre aparecia e a pessoa mentirosa perdia a confiança dos demais e nunca mais conquistava, dizia ele. Eu tinha medo de perder a confiança dos meus pais e até hoje prezo pela verdade.

A Constelação sistêmica é uma intervenção clínica e também terapêutica que atua ajudando pessoas à melhorarem muitas situações que causam sofrimentos em suas vidas. Buscar a causa do sofrimento e ressignificar é o objetivo da constelação sistêmica.

Os princípios sistêmicos que norteiam as constelações sistêmicas são os princípios da vida, são princípios da biologia. Hellinger teve a participação de biólogos na construção das constelações sistêmicas. São eles:

1º Princípio - Pertencimento: estudamos na biologia e observamos na natureza que ela inclui à todos. A natureza é perfeita ela não discrimina nada, ela é inclusiva. O sol é para todos e assim como a água que penetra o solo! A natureza distribui igualmente tudo aquilo que recebe. Nas relações humanas isso também ocorre. Numa família todos pertencem, se alguém de fora da família faz um bem ou um mal para nosso sistema, passa a pertencer também.

Fazemos tudo para pertencer ao nosso sistema, seremos pobres, doentes e infelizes se nosso sistema tem muitos destes sofrimento. Também sofremos, se é funcional somos funcionais se há muitas mortes no nosso sistema morremos para pertencer. 

Insight: Percebo o  quanto me excluo da minha família. Moro em Curitiba longe dos meus familiares e dificilmente me comunico, inclusive com minha irmã, cunhada e sogra. Preciso buscar a causa disso. 

É natural que todos queiram conhecer suas origens e a sua família biológica. Percebemos claramente nas crianças que são adotadas e recebem muito amor da família adotiva e mesmo assim querem conhecer sua família biológica. 

2º Princípio - Compensação/Equilíbrio entre o dar e receber: estudamos na biologia e observamos na natureza que quando cuidamos uma planta ela nos dará flores e frutos, se não cuidamos ela não nos dará nada.

Nas relações humanas observamos nas relações entre pais e filhos que pais amam os filhos de forma gratuita. Ensinam tudo que os filhos precisam para se tornarem pessoas dignas e prósperas. Os filhos para manterem o equilíbrio passam os ensinamentos que receberam dos pais para os seus filhos.

Entre casais: Quando oferecemos algo bom recebemos algo um pouco melhor. Quando oferecemos algo ruim recebemos um pouco pior. Nas relações de casal para que ela volte ao equilíbrio, quando um faz algo ruim o outro devolve um pouco menos ruim e assim sucessivamente até que o mal cesse e passa a emitir e receber algo bom.  Se o equilíbrio nas relações do casal não for restabelecido ocorre um dano que pode ser irreversível levando a separação do casal.

Aqui mora o princípio da justiça que fica no sistema e mantém o equilíbrio do mesmo. O equilíbrio frequentemente é estabelecido em gerações futuras, nos descendentes que sofrem as consequências do desequilíbrio em sua vida. Desta forma o descendente sem saber o porquê, faz coisas fora do seu contexto de vida, só para pertencer àquele sistema em desequilíbrio.

3º Princípio – Ordem/Hierarquia: estudamos na biologia e observamos na natureza a organização dos animais quanto ao grupo. Nos mamíferos há um líder que é seguido pelo grupo assim como na colmeia e no formigueiro há a rainha que todos obedecem os comandos. Observamos nos animais que mantendo a ordem conseguem alimentos e defesa. “Ordem é Progresso”.

Nas relações humanas precisamos saber qual é o nosso lugar no nosso sistema familiar, no nosso trabalho, nas relações conjugais, no lugar onde vive. O maior ou o mais velho deve servir os que vem depois. Filhos mais velhos dão para os mais novos, assim como pais dão para os filhos.

Pais dão amor de graça, de forma espontânea ao filhos quando nutrem, cuidam e protegem de forma funcional. Desta forma os filhos se tornam adultos funcionais que passarão seus ensinamentos para seus descendentes e assim sucessivamente, gerando um sistema familiar saudável.

Insight: percebo que tenho uma relação equilibrada com meu marido. Quanto a minha filha durante a pandemia tomei a atitude de aconselha-la a ir morar fora de casa. No inicio ela ficou achando que eu queria ficar livre dela mas depois percebeu o quanto estava sendo infantil. Ela se decidiu por morar com o namorado.  Está feliz e já me agradeceu porque percebeu o quanto amadureceu neste ano de convivência com o namorado. Pretendem se casar. 

No trabalho a ordem se refere a quem tem mais tempo de empresa. Quem foi contratado antes tem prioridade e deve liderar e passar os conhecimentos aos mais novos na empresa.

Na escola diretores e professores merecem o respeito dos alunos pois passam à eles conhecimento. Os alunos demonstram que receberam conhecimento passando de ano e se tornando profissionais capazes de se manterem independentes de sua família de origem.

A ética mora no princípio da ordem! A importância do respeito aos mais velhos, ao que veio primeiro, ao que detém o conhecimento deve vir desde a infância quando filhos aprendem a respeitar seus pais. A ordem traz equilíbrio, traz amor, traz paz e alegria. Eu devo tratar bem e me dirigir com respeito às pessoas que eu quero bem.

Onde há violação da ordem há conflitos, sofrimentos, batalhas, guerras entre outras situações que todos perdem causando desequilíbrio. Os princípios sistêmicos conversam entre si. Pertencimento, Equilíbrio e Ordem estão interligados.

Modulo 2 – As leis do Amor e as experiências que curam

Relações parentais – Lealdade familiar

Neste módulo estudamos as lealdades familiares e como sair dos emaranhamentos que causam as lealdades.

Lealdades: Se eu fizer alguma coisa diferente posso ser excluído do bando, do sistema familiar. Ninguém suporta exclusão. Precisamos viver juntos em manada. Ninguém é feliz sozinho é assim que manda nosso cérebro reptiliano. Temos que pertencer ao nosso grupo de origem.

Todas as famílias são diferentes, cada uma com sua singularidade, dores, emaranhamentos e desafios a vencer. Para que as dores, os emaranhamentos do nosso sistema não passem para as próximas gerações é preciso que 4 gerações seguidas façam terapia. Emaranhamentos são situações vividas por um elemento do sistema familiar que não corresponde ao contexto de vida atual. Pode ser um comportamento, uma situação, sentimento, doença. 

Insight: Eu tive uma infância que era natural na década de 60 com restrições que faziam parte da educação da classe média. Minha mãe nos orientava quanto a não brincar com meninos, sentar com “modos” com pernas fechadas, entre outras regras de educação. O maior medo da minha mãe era que casássemos grávida, este era o maior medo dela e meu também pois quem casasse grávida era “mal vista” pela sociedade.

Não sentia como punição, mas respeito para não decepcionar meus pais e me casei virgem. Tive paixões, alguns pretendentes que não me agradaram. Tive um único namorado o qual dei meu primeiro beijo na boca, me casei e estamos há 36 anos juntos com 1 filha de 31. Só viajei sozinha com ele depois de me casar. As constelações estão ajudando muito nesta nova fase que estamos vivendo.

Insight: Lembro-me de uma tia avó, que faleceu aos 99 anos, teve paralisia infantil aos 13 anos e nunca namorou, casou ou teve filhos. Morava em frente a matriz da cidade e não ia à missa por ter vergonha de andar de bengala. Hoje percebo o quanto foi triste para ela. Ela dizia que meu bisavó não a apresentou para nenhum pretendente por ser deficiente.

Antigamente as mulheres que passavam dos 13 anos eram velhas para o casamento. A irmã mais velha foi dada para casamento aos 8 anos. O noivo esperou que ela completasse a maturidade sexual 13 anos para oficializar o casamento. 

Nessa época, as mulheres sofriam opressão, as famílias eram machistas. Todas as teorias vividas na família ficaram impregnadas nas células, na epigenética e funcionam como uma ordem na vida dos familiares. A lealdade não permite que sejamos felizes. Faz com que renunciemos à nossa felicidade.

Como curar as lealdades? Uma das formas de sair do emaranhamento e curar as lealdades está no princípio da Ordem. Cada um tem um lugar no seu sistema familiar onde pais são pais, filhos são filhos, avós são avós.

Quando há troca de lugares no sistema familiar, onde filho vira pai da mãe ou mãe vira filha do filho houve uma inversão da ordem e o emaranhamento se estabeleceu. Nem tudo que trazemos de memória familiar é bom para nossas vidas. A memória de dinheiro para muitas famílias é de que não traz felicidade.

A lei da vida não deixa excluirmos ninguém, ninguém pode ficar para traz. Se não vamos para frente, não evoluímos é porque amamos, por lealdade a alguém que amamos. Como vou para frente se vou deixar alguém para traz. Aqueles que eu amo.

As constelações liberam as pessoas dos vínculos de sofrimento e fortalece pelo amor o pertencimento.

Lealdades e Emaranhamentos – o vínculo do amor interrompido e as soluções.

Lealdade é por amor. Quando somos leais ao sofrimento no nosso sistema familiar é uma grande declaração de amor aos nossos antepassados. Todo sentimento desproporcional ao contexto é um emaranhamento é uma lealdade familiar.

O amor interrompido causa um emaranhamento que se torna uma lealdade familiar. O sofrimento do vínculo do amor interrompido é solucionado quando se volta ao momento, à situação onde ocorreu a interrupção e se ressignifica. Quando uma pessoa se liberta ela liberta umas outras pessoas.

Relações abusivas são oriundas de vínculo de amor interrompido quando o pai e a mãe não defendeu quando criança.

Insight: Quanto ao meu avô materno que perdeu a mãe em casa aos 14 anos de idade. Ela tinha 36. Fico imaginando a dor que os 9 filhos sentiram com a morte da mãe, o amor interrompido, a falta de proteção na fazenda. Ele era antissocial, não gostava de festas, somente almoços de família, assim como meu tio, o filho mais velho que hoje vejo foi leal ao pai, meu avô.

Meu avô era muito trabalhador e honesto. Meu tio também, embora antissocial, meu tio foi vereador e prefeito da cidade por 3 gestões, pela sua competência e honestidade em administrar a cidade. Hoje quando vejo os políticos atuais penso quanto é bom ele ter falecido para não ver os absurdos atuais. Identifiquei o não gostar de festas do meu avô com a morte da mãe. E o meu tio foi leal à dor do meu avô.

Identifico hoje que também estou neste processo. Com a pandemia estou recolhida e preferindo ficar em casa estudando. Gosto muito de estudar mas estou me distanciando das pessoas. Vou ficar atenta e me observar...

Insight: Meu pai para estudar ficava longe dos pais e irmãos por uma semana. Moravam na fazenda e os 3 mais velhos iam de carroça para cidade para estudar e ficavam na casa do padrinho deles. Meu pai era uma pessoa muito sensível, o lado feminino era predominante.

Ele contava como era triste ir para escola e deixar a família. Ele não queria ir, mas meu avô fez com que todos estudassem. Eram 11 filhos. Minha irmã nunca gostou de estudar, se formou mas tem preguiça. Acho que está sendo leal a dor do vínculo interrompido do meu pai que não queria estudar para não ficar longe da família.

Olinda termina este módulo dizendo que o terapeuta precisa estar curado dos seus sofrimentos para tratar e acolher o seu cliente. Precisa curar suas tristezas, raiva, impaciência para ser empático, amoroso, acolhedor, amor do coração, amor da compaixão.

Para ajudar é preciso ter discernimento, é preciso escutar as 2 partes, os motivos da questão. Eu vejo você, eu escuto você. Eu entendo você e vejo a justa razão do seu sofrimento = amor do espírito = amor da empatia, da compaixão, do diálogo afetivo, da linguagem não violenta, sincero.

Temos que ter compaixão das pessoas certas e não de todos que estejam causando um mal. Quando na família há perpetradores dizer para os mesmos: Agora acabou! Agora isto não vai mais acontecer porque eu sou valente!

Módulo 3 – O que faz o amor dar certo?

O amor dá certo quando estou com o coração pleno de amor da família de origem (mãe e pai). É se sentir amado, protegido, seguro. Assim será uma pessoa inteira, macia, dócil, fácil de se relacionar.

A busca por um parceiro deve ser para complementar a sua felicidade, porque feliz você já é! Quando se entra numa relação carente buscando a mãe ou pai na figura do outro, para dar atenção, carinho e amor, não vai dar certo pois este é um sentimento infantil.  É pesado para o outro, ele não é seu pai nem sua mãe, só um companheiro para dividir a vida com você.

Uma parceria só dá certo se cada um for feliz consigo mesmo.

O que faz o amor dar certo é recuperar o vínculo do amor que foi interrompido na infância entre mãe e filho[LA1] [LA2] . Voltar ao momento do ocorrido reviver a dor e ressignifica-la é essencial para que o amor dê certo. Cuidar da criança interior que existe em cada um de nós é essencial para que o amor dê certo!

Uma pessoa para ser feliz num relacionamento precisa ter sido feliz com seus pais. Caso contrário é necessário uma intervenção terapêutica. Quando a carência é grande com relação aos pais a pessoa se torna tão carente que qualquer um que apareça na frente ela se apaixona, se os pai era alcoólatra ela se apaixona por um igual.

Pessoas que veem de relacionamentos disfuncionais se tornam disfuncionais por natureza. O outro fica no relacionamento por pena e isto não é saudável. O que traz sucesso no relacionamento passa primeiro por curar o amor próprio. A pessoa tem que ser amada pelo que ela é. Ela será amada quando estiver plena de si daí encontrará uma pessoa inteira de si também e poderá dizer: Que bom que estou com você agora. Agora eu sou mais feliz ainda!

Métrica do sucesso é quando você encontrar alguém sua vida será ainda mais feliz! Isto é autoestima, você só vai ficar no relacionamento porque se sente mais feliz! Isto é ser adulto é ter a capacidade de discernir.

No relacionamento conjugal é preciso atender o 2º principio sistêmico que é o Equilíbrio entre o Dar e Receber. Se você ama alguém você deve cuidar para que ela seja mais feliz e assim será recíproco. Isto leva a relacionamentos duradouros que trazem paz à nossa vida. Seja generoso e receba generosidade.

A reciprocidade na generosidade é que faz o relacionamento ser duradouro. Se importa e será importado. Quando há comportamento grosseiro entre o casal, um deve deixar o outro ir.

O carinhoso com o carente (memória de orfandade) não dá certo. O primeiro precisa ir para terapia para identificar porque só atrai relacionamentos que só ele dá e outro não retribui. É uma relação disfuncional. É preciso curar o corpo de dor com terapia para atrair pessoas funcionais. O primeiro amor é pelo corpo de dor da outra pessoa, é o amor cego, por lealdade ao seu sistema que é natural até os 15 anos. A partir daí tem que ser num momento que você identifica no outro o que você para o seu futuro.

Quanto a sexualidade do casal, um deve procurar a outro da mesma forma que o outro procura o um. Também no sexo é preciso ter reciprocidade.

Ter um bom relacionamento com os pais é que faz você ter um bom relacionamento conjugal.

“O terapeuta deve se curar de seus corpos de dor para poder curar o seu cliente. O cliente só vai até onde o terapeuta está curado, porque ninguém dá o que não tem ou o que não recebeu ainda”.

A vida só vai para frente quando resolvemos o que ficou mal resolvido no passado. Memórias pessoais e transgeracionais precisam ser curadas para se ter uma vida feliz.

O primeiro pilar do relacionamento é o Amor do Coração, a empatia, é cuidar do outro sem esperar nada em troca. O outro naturalmente irá retribuir. Muita delicadeza, muito respeito entre ambos. Tratar com grosseria é falta de educação ou precisa de terapia, curar a dor do emaranhamento. O casal precisa ter a alegria de viver mutuamente.

O segundo pilar é o amor sexual. Precisam estar em equilíbrio com a libido caso ao contrário precisa de terapia. O relacionamento pode ficar como pai e filha ou mãe e filho, há amor mas, sem o sexo é amor infantil. É preciso ter amor sexual de adulto na relação de casal em equilíbrio.

O terceiro pilar é ter algo em comum que exija o amor de graça, ter filhos por exemplo ou assumir uma missão em comum que fará a diferença na vida das pessoas ou do mundo. Esta ação é a maior aliança entre o homem e a mulher. O filho é a eterna aliança entre o casal.

O bom relacionamento dos filhos no ambiente onde vivem depende do modelo de relacionamento que existe entre os pais. As crianças observam muito a forma como seus pais se relacionam. Os pais são exemplo para os filhos. Se for um relacionamento de respeito os filhos responderão com respeito nos seus relacionamentos.

Relacionamentos abusivos geram irritação e rebeldia nos filhos. A falta de rigor, de colocar respeito na relação do casal, pode fazer com que o filho se rebele tendo a postura que um dos pais deveria ter. Antes de serem felizes os filhos são leais aos pais. Antes da felicidade, os pais! Quando o filho sofre os pais devem se perguntar primeiro o que se passa comigo?

A alienação parental é muito triste quando ocorre numa família. Quando a mãe critica o pai para a criança estará destruindo a metade da criança que representa a figura do pai. O mesmo acontece se o pai critica a mãe. A alienação parental gera insegurança e vários comportamentos decorrentes disto (xixi na cama, roer unha, dificuldade nos estudos). Os pais é que precisam de terapia.

Quando há uma separação, se não ficarem amigos deve-se afastar de forma adulta sem sentir a dor do abandono. Importante fazer o rito da despedida: Eu te amo, eu te abençoo e agradeço tudo que vivemos juntos. Obrigada pelos nossos filhos. Agora você segue a sua vida que eu sigo a minha. Siga em paz! Se ficar mágoa, ressentimento significa que não está pronta para outro relacionamento, significa que ainda está se relacionando com a pessoa. Todo relacionamento é sagrado e quando há filhos será eterno. É preciso honrar os relacionamentos.

Insight: Fiz a publicação de como foi a vida de meus pais da infância até a vida adulta e apesar das dificuldades das crises econômicas da família, souberam enfrentar muito bem e saíram fortalecidos. Meu pai vivenciou período da 2ª guerra, minha mãe não. Ambos foram adultos funcionais com problemas naturais vivenciados pela criação e problemas da época.  

Insight: Percebi o quanto queria que meu marido fosse igual a meu pai. Meu pai era emoção pura, feminino aflorado, atencioso, carinhoso, tempo disponível para conversar, deixava tudo por uma boa conversa. Meu marido ao contrário racional e focado no trabalho.

Hoje vejo que, embora quisesse que meu marido fosse como meu pai busquei nele características que eu queria que meu pai tivesse, como ser esperto, racional, empreendedor como eram meus tios e meu avô materno.

Minha mãe cobrava esta atitude de meu pai, ela queria que ele fosse igual aos irmãos dela, empreendedores focados no trabalho porém ela também buscou uma pessoa diferente da família para se casar. Hoje vejo que meu pai entrou na família para mostrar aos meus tios que era possível trabalhar e ter uma vida social ou seja, ter uma vida mais leve. 

Módulo IV – Sintomas e doenças

Aprendi muito neste módulo com a visão sistêmica do sintoma que é visto como amigo. São verdadeiros mensageiros do que poderá acontecer se não olharmos para ele.

Todo sintoma pede de nós uma transformação. Quanto menor o sintoma menor é a mudança que se precisa fazer o contrário é verdadeiro. Sintomas e sofrimentos não são castigos, são efeitos das nossas próprias atitudes ao longo da vida.

Devemos atuar na causa pois, é lá que está a cura. Atuar na causa efeitos nos dá suporte para fazermos as mudanças necessárias, sejam elas pessoal ou relacional. Assim o sofrimento e os sintomas darão lugar à cura e a saúde. Um sintoma simples precisa de uma mudança simples mas, não quer dizer que seja fácil podendo virar uma doença crônica. A mudança de atitude é muito difícil para maioria das pessoas.

Quando aparece um sintoma devo me fazer 3 perguntas básicas:

Eu estou feliz com quem eu estou vivendo? Eu estou feliz onde eu estou vivendo? Eu estou feliz com o meu trabalho?

Observe se precisa ajustar um dos pontos. É preciso tratar as causas que se não forem tratados, novos sintomas mais desafiadores começam a surgir. A cura acontece quando a pessoa faz o necessário que é como uma conversão pois a mudança vem de dentro. Hellinger chamou de a cura do espírito.

Quando curamos um problema de complexidade alta com uma conversão com mudanças que vem de dentro, mudamos nossa vida em todos os sentidos e muito mais vidas são beneficiadas. Quanto mais ameaçador o sintoma mais benefícios ele trará para sua vida.

Quando nascemos herdamos as características físicas de nossos pais, a cor dos cabelos, dos olhos, altura, formato do corpo e também os bens materiais resultantes do fruto do trabalho deles. Que bom seria se fosse só isto mas, herdamos também em forma de energia os problemas não resolvidos, a mágoa, a injustiça, a dor e situações que não foram concluídas pelos membros do nosso sistema familiar.  

Esta energia passa para as gerações futuras em forma de sofrimento, sintoma, doença, até que sejam olhadas e ressignificada.

Após o falecimento de um ente querido a energia fica no sistema esperando ser transformada, pois na natureza tudo se transforma. Hoje temos recursos para buscar conhecimento e melhorar nosso sistema. Nossos antepassados ficam felizes quando buscamos a melhoria do nosso sistema familiar.

Quando a conexão é feita entre o que vivemos hoje e o passado temos uma grande oportunidade de transformar os lações de destino de uma pessoa.  Os emaranhamentos se transformam em grandes oportunidades para construirmos a felicidade e oportunidades na nosso vida.

O que faz curar e o que faz adoecer são os relacionamentos. Quando aparece uma doença um relacionamento precisa ser curado. Para ter cura é preciso mudança. É preciso refletir, gera um incômodo e depois agir.

Olinda fala que doenças crônicas nos mostram que o nosso sistema está empurrando os problemas com a barriga pois ninguém se dispôs a resolver as questões em aberto. É a doença da ignorância, do deixa assim mesmo. Não mata mas atrapalha a vida de ser feliz, ser próspero de ser saudável. Começa duas gerações antes da atual. Os médicos dizem que é hereditário e a pessoa sente um alívio porque ela não é culpada e sente pertencente. É uma assinatura para o clã do sistema.

Se for olhada a doença crônica não passará para os próximos descendentes.

Para curar é preciso amar os antepassados mesmo assim ou, não amar tanto assim! Por amor os descendentes seguem um antepassado e adoecem como ele. É preciso dizer: querido antepassado eu sinto muito mas eu prefiro deixar este sofrimento com você e amar e ser amado um pouco menos do que ficar doente e ser amado infinitamente.

Olinda fala também que doenças incuráveis indicam uma urgência do sistema. Se refere a doenças que há muito tempo foi esquecida, muitas vezes se originam de segredos. Pedem transformações urgentes, profundas e rigorosas. É preciso uma conversão da pessoa é preciso uma mudança que venha de dentro. A conversão, a mudança é pessoal e intransferível. Quando há um sintoma há uma mensagem de uma memória sistêmica que pede transformação.

Insight: Lembrei-me de uma amiga cujo o filho de 29 anos acordou não sentindo as pernas. Foi identificado através de exames que ocorreu uma lesão na coluna que o deixou paraplégico. Não ouve nada que provocasse esta lesão.

Quando o garoto tinha 3 anos, o avô sofreu um acidente com um touro que o atingiu nas costas com uma chifrada que o deixou paraplégico. Vejo como seguindo o avô no destino. O pai, separado da mãe há alguns anos e recém separado da segunda companheira se suicidou. Quantos emaranhamentos deve ter esta família para passar por tanto sofrimento.

Conversando com a mãe sobre as constelações ela me disse que o filho é incrédulo com tudo, muito pessimista. Lembrei-me das ordens da ajuda e me coloquei a disposição caso mude de ideia. 

 

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