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SE NÃO FOSSE A INTERNET

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Fernanda Vingra
ago. 3 - 5 min de leitura
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Até pouquíssimo tempo, não sabia nada da história dos meus antepassados maternos.

Um belo dia, abro o facebook e lá esta uma postagem contando a história da minha bisavó a qual tive a honra de conhecer. Contada por uma de suas netas.

 

  • TRIBUTO por Neli Gregio (filha) e Rosicler F. Passamani (neta).

 

Minha amada avó Maria Amélia dos Santos Carbolin chamada carinhosamente de vó Melica, nasceu em 18 de maio de 1911 e faleceu em 26 de abril de 2012. No dia 18 de maio de 2012 completaria 101 anos de idade.

Era filha de Marcelino José dos Santos e Silvana Rodrigues da Silva descendência portuguesa. Casou-se com Affonso Carbolin que era filho de Pedro Luis Carbolin, descendência francesae, e sobre a mãe não temos informação.

Affonso Carbolin era proprietário de terras em Quatro Irmãos, as vendeu e comprou terras em Caraçá, interior de Campinas do Sul – RS onde eram agricultores. Nessa propriedade, Affonso Carbolin construiu a casa para a família e eles tinham criação de vaca de leite, de porcos e galinhas. Toda a família trabalhava na roça plantando e colhendo. As crianças começavam a ajudar os pais desde os oito anos de idade.

Quando Affonso Carbolin faleceu, seu filho mais velho já era casado e morava com a família em Quatro Irmãos, dois filhos serviam o quartel e um dos filhos trabalhava nas granjas. Estavam em casa com os pais um dos filhos, as cinco filhas, sendo a mais nova Neli com apenas dois anos de idade, gêmea de Neri que havia falecido aos oito meses de vida.

Affonso Carbolin foi levar uma gaiola próxima a uma árvore para pegar um tatu e uma cobra venenosa mordeu sua mão. Ele foi levado ao hospital de Campinas do Sul, mas não resistiu e faleceu.

Maria Amélia dos Santos Carbolin criou os filhos com austeridade. Todos os filhos ajudavam a família, desde os mais velhos aos mais novos que trabalhavam na lavoura; as moças, além de trabalhar na roça, lavavam e passavam a roupa de todos, cozinhavam, limpavam a casa e faziam faxina pra fora. Todos deviam agir exatamente conforme os princípios de educação ensinados pela mãe.

Era cristã e católica fervorosa. Desenvolveu o dom do benzimento tornando-se uma boa benzedeira. Era doce com seus netos, sempre que tinha uma oportunidade os orientava e passava para eles seus conhecimentos e ensinamentos.

Adorava contar histórias para seus netos. Eu tive a felicidade de ouvir suas histórias e seus conselhos e também de aprender a fazer biquinhos de crochê em paninhos de prato. Ela era muito carinhosa e tinha muita paciência para ensinar.

Ela fez faxina e lavou roupa pra fora na mão pra sustentar a família. Honestíssima, certa vez encontrou muito dinheiro dentro do bolso da roupa de um freguês, lavou as roupas e foi à sua porta entregar o serviço e o dinheiro sem faltar nenhum centavo.

Mulher honrada, deu exemplo a seus filhos de integridade e retidão. Era uma artesã habilidosa e costureira. Fazia crochê, acolchoados, bombachas e baxeiros para cavalo. Tudo com muito capricho e perfeição. Foi parteira e ajudou muitas mães a terem seus filhos.

Usava vestido em cima da calça comprida, montava seu cavalo e saia para atender as gestantes em seus partos. Além dos 11 filhos legítimos criou seis sobrinhos que conviveram com a família por 12 anos que eram de sobrenome Barroso.

Ao ficar viúva e e já sem condições de ficar sozinha, Maria Amélia vendeu seu patrimônio e, generosa que era, compartilhou a herança em vida com seus filhos e filhas indo morar com sua filha mais nova Neli e seu genro Wilmar com quem conviveu e ficou até o final de sua vida.

Uma das mais lindas lembranças de minha avó Maria Amélia dos Santos Carbolin relatada por minha tia Neli Gregio é que ela era amada e respeitada pelas muitas pessoas que a conheciam pois, quando saía à rua era abraçada e honrada por todos que a encontravam.

Frase célebre de minha avó Maria Amélia dos Santos Carbolin “O trabalho não mata ninguém!”

 

À minha amada bisavó Maria Amélia dos Santos Carbolin todo o meu respeito e gratidão, especialmente por ter gerado e trazido ao mundo meu avô Juvino Carbolin que sempre seguiu seus exemplos e os passou para minha mãe, Jane Maria Carbulin.

 

 

 

 

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