Nossa vida e destino estão fortemente entrelaçados com os nossos antepassados. Os elos consanguíneos são perpétuos e os vínculos não se desfazem com a morte.
Os familiares que foram esquecidos ou excluídos, injustiçados ou que tiveram um destino trágico, podem se manifestar na vida dos seus descendentes como doenças através de uma lealdade invisível. A transmissão de memórias de uma geração para a outra acontece independente de crenças ou religiosidades. Ao observarmos e compreendermos o que acontece com nossa família podemos desatar os nós que nos prendem a dores, doenças e destinos difíceis.
Ao analisar o meu contexto familiar, descubro que há muitas gerações familiares adoecem e morrem por problemas de coração. Percebo também que todos eles passaram por infâncias difíceis, perdas extremas e guardam mágoas profundas. Os descendentes carregam também essas dores transgeracionais e as honram através de doenças, dores físicas e problemas emocionais. A teia familiar ainda nos cerca.
Percebo que na minha vida também carrego problemas de saúde que muitas vezes são inexplicáveis. Ao me aprofundar no histórico familiar, constato que reverbera em mim situações de repetição, assim como percebo em meus pais dores que meus avós também carregaram na vida e que a morte em si não foi capaz de interromper.
O conhecimento e as constelações são as chaves de superação dessas histórias que necessitam ser vistas, reconhecidas e curadas. Podemos, através de estudo, equilibrar a balança familiar, alterar o curso dos acontecimentos e liberar o nosso destino e de nossos descendentes.