Quando adoecemos geralmente vemos os sintomas como algo horrível, sem questionar o porquê estamos passando por isso, queremos que tudo acabe logo.
Vamos ao médico e tomamos os medicamentos, mas a história se repete até não aguentarmos mais e então desanimamos e começamos a perceber que pode haver algo a mais por trás desse sintoma; geralmente isso acontece quando procuramos terapia e somos orientados.
Se não estamos bem é porque faltou amor e adoecemos para entendermos que devemos ir em busca de onde esse amor ficou a espera. A nossa essência pede para sermos felizes e sem amor não é possível. Mas sempre há solução para todos os sofrimentos e sintomas; milagres acontecem todos os dias quando acreditamos e mudamos nosso comportamento, fazendo uma reprogramação mental.
Uma boa parte dos nossos problemas vem dos antepassados e são passados de geração a geração, buscando a cura, a inclusão, a completude.
Nossos filhos podem sentir, mesmo inconscientemente, que não estamos bem e adoecer, ter, por exemplo, febre, dor de garganta, alergias e assim por diante.
Existem três leis sistêmicas que devem ser respeitadas, são elas: pertencimento, compensação e ordem.
O primeiro princípio, o do pertencimento, que fala que todos temos que pertencer, sermos incluídos; devemos buscar os excluídos e reconhecê-los como membros do sistema, sem julgar, sem discriminar por qualquer motivo que seja.
O segundo princípio é o da compensação, que diz que se deve dar o que se recebe e que temos que aprender o equilíbrio, por exemplo: quando recebemos o amor de graça dos pais, compensamos tendo filhos. Nunca poderemos devolver aos nossos pais o que de mais precioso nos deram: a nossa vida. Somos sempre devedores a eles por isso.
O terceiro princípio é o da ordem, fala da hierarquia, determina que cada um ocupe seu lugar, que os que vieram antes são maiores e devem ser reverenciados pelos que vieram depois.
Quando esses tres princípios não são respeitados, acontecem grandes emaranhamentos e, enquanto não forem resolvidos tais emaranhamentos, o sistema familiar não entra em estado de saúde e paz.
O nosso pilar de sustentação é a mãe, ela é o princípio de todo amo incondicional, a base.
Nosso corpo adoece quando não estamos em sintonia com amor dos nossos pais, quando não resolvemos os traumas tanto pessoal quanto transgeracional.
Em cada parte do corpo fica o registro de algum trauma ou doença. Temos que procurar ajuda, aceitar que temos problemas e olhar para nossas dores e sofrimentos como oportunidades de crescimento, de evoluir e se curar.
Nossa professora Olinda Guedes, no seu livro A verdade sobre o sofrimento humano comenta:
“A reconciliação com os pais, com os genitores, só é possível por meio dos filhos. Por meio da saúde, da felicidade, redimimos nossos pais de toda culpa. A doença é uma forma de punir os pais. Nada aprisiona mais um relacionamento entre pais e filhos do que a doença, depois a pobreza e a infelicidade”. (GUEDES, 2019, p.28)
Nas constelações sistêmicas podemos ressignificar os traumas de memória tanto pessoal quanto memória transgeracional, trazendo mais equilíbrio, paz e leveza para nós e o sistema familiar.
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