A sociedade atual tem a percepção de que sintomas e doenças são inimigos e, portanto, devem ser combatidos.
No entanto, sob a perspectiva sistêmica, eles são mensageiros a nos avisar da necessidade de transformar nossas vidas.
Ao olhar para um sintoma, cabe a pergunta: o que o sintoma quer de mim?
As escolhas, atitudes e direções que damos para a vida podem desencadear sintomas.
Também as situações que os antepassados não conseguiram alcançar, resolver ou concluir, um descendente pode levar adiante, e o faz carregando dor, sintoma, doença.
Tais situações podem se repetir por mais de uma geração e serem interpretadas como hereditárias.
Refletir sobre essas questões é de grande relevância.
Diante de sintomas, faz-se necessário questionar, por exemplo:
- O que há de errado aqui?
- Estou feliz com quem ou onde estou vivendo?
- Estou feliz no meu trabalho?
- Estou feliz no trabalho que desenvolvo?
Uma resposta negativa a essas perguntas já acende o sinal de alerta.
Qualquer sentimento de insatisfação ou infelicidade pode se intensificar e transformar-se em doença.
Costumamos não observar os sinais que aparecem, desaparecem, reaparecem mais intensos.
Na percepção sistêmica, um sintoma é um anjo que nos acompanha sinalizando que há uma direção a ser ajustada, tomada, modificada, alcançada. Uma mensagem que precisa ser ouvida, tarefas que precisam ser realizadas.
Cabe a quem recebe a mensagem agir ou, se preferir, deixar tudo como está.
É importante destacar que um sintoma é honesto. Ele carrega a verdade que o ser humano, que o paciente tentou esquecer, pois nada do sistema fica escondido ou esquecido.
O convite à reparação, ao completar, sempre acontecerá.
Precisamos olhar com respeito e cuidado, principalmente para aquele que adoece, pois quem adoece trabalha para a cura do sistema. Seu sofrimento pode trazer resultado para todos os envolvidos.
Ter a compreensão de que sintoma e sofrimento não são castigos, faz muita diferença.
Auxilia-nos a não nos sentirmos fracassados, humilhados, de má sorte por tê-los. Afinal, eles são, antes de tudo, oportunidades evolutivas.
Essa consciência nos traz serenidade para buscarmos a cura e as soluções de forma adulta, procurando as causas, ao invés de ficarmos em função dos efeitos.
O livro de Olinda Guedes, "A verdade sobre o sofrimento humano", traz os significados de problemas relacionados ao mau funcionamento dos nossos órgãos dos sentidos. Explica também que além do aparente diversas doenças e sintomas são oriundos de memórias pessoais ou transgeracionais.
Olinda também menciona que a métrica da cura é agradecer a vida recebida, liberando nossos pais ou genitores de todos os julgamentos e expectativas que tivemos sobre eles um dia.
É obter uma autorização absoluta da vida, para seguirmos com prosperidade, alegria e saúde.
Nada aprisiona mais um relacionamento entre pais e filhos do que a doença, depois a pobreza e a infelicidade.
Assim, a reconciliação com os pais é um passo importante para liberá-los de qualquer culpa e transformar nossas vidas.
A constelação tem se mostrado bastante eficiente nesse sentido.