Temas existenciais: Por quê isso acontece comigo?
Nossa família é de origem italiana por parte de mãe e uma mistura por parte de pai, sendo índios, portugueses, negros. Houve muita história, sofrimento e força para que a vida seguisse adiante.
No meu sistema, por parte de pai, há muitos casos de diabetes, problema no coração e os homens têm desafios com a próstata. Já no materno, há muitos com sobrepeso, abortos e desafios com o coração.
Em ambos os sistemas aparece disfunção no coração, nosso chakra cardíaco. Os sentimentos de tristeza bloqueiam esse centro de energia e o amor libera seu funcionamento harmônico, trazendo paz e tranquilidade. Por isso é preciso olhar para desafio, dar um lugar, reconhecê-lo para então liberá-lo.
Quando acumulamos ou temos memórias transgeracionais de perdas, preocupações com o futuro, falta de alegria, bens diminuídos, emocional abalado pode-se gerar disfunções neste órgão do amor e cura.
Olhando para meus ancestrais, as histórias trazem essas memórias de perdas, tristeza, a própria diabetes que traz à tona mortes, frustações financeiras, traições. É como se tivesse acabado a doçura da vida.
Desafios na próstata vem de conflitos na relação de casal e o que faz mais sentido em nosso sistema são traições. As mulheres foram traídas por seus maridos.
Já o sobrepeso que vem por parte materna faço conexão com o fluxo de amor interrompido entre minha bisavó e minha avó que perdeu a mãe com apenas 6 anos. Além disso há mágoas e ressentimentos que precisam ser vistos e curados, outros carregam muitos excluídos do sistema, então é preciso “ser grande” para suportar o peso.
Os sintomas e doenças são pedidos de socorro da alma que nos solicitam olhar para a vida, mas, geralmente, olhamos para eles com rejeição e nos perguntamos: Por quê comigo? Por quê com meu filho? Por quê a nossa família? E assim, ao invés de buscarmos a solução e aprendermos com o desafio, nos distanciamos ainda mais da cura.
A visão sistêmica, como diz a mestra Olinda Guedes, é um estilo de vida. Quando nos abrimos a aprender com os desafios que os sintomas e doenças nos trazem, podemos curar não só a nós mesmos, mas sim, outras gerações que ficarão em festa com sua decisão.
Aprendi a olhar o todo com amor, compaixão, respeito e inclusão. Desse modo posso dar um lugar a tudo e me liberar de fluxos que possam me impedir de seguir na vida feliz, próspera e saudável no dia a dia.