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SISTEMA DE LEALDADE

SISTEMA DE LEALDADE
Naiara Nai
set. 11 - 3 min de leitura
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O Meus Sistema de Lealdade;

O primeiro ato de lealdade ao meu sistema, eu fiz aos 12 anos de idade, totalmente inconsciente, obviamente descobri isso hoje, quando em silêncio eu guardei, como faço até hoje, a maior dor da minha vida não física, mas da minha alma.

Para “cuidar da minha mãe”, para não vê-la sofrendo sozinha com depressão, passando todas as dificuldades financeiras, afinal ela não trabalhava, pois meu pai não deixava, ela precisava ficar cuidando dos filhos. Foi esse raciocínio que eu tive na época, acho que também porque sempre escutei da minha avó materna: "Filha, você precisa casar com um bom homem, um homem rico, que te dê as coisas, que você só trabalhe se você quiser.

"Só estude", dizia ela, "não sofra como a avó sofreu".

A minha mãe seguiu os conselhos dela e casou com um “bom homem”, esforçado, trabalhador, onde financeiramente as dificuldades não eram tão grandes, mas quem era esse homem é a pergunta que me faço todos os dias quando acordo. 

Será que algum dia vou saber quem verdadeiramente é o meu pai? Hoje eu sempre vou ver duas pessoas, é a conclusão que eu consegui chegar até o momento. Então quem era eu? Uma menina de 12 anos, sem até o momento grandes sofrimentos na vida, qual o direito que eu tinha de contar para minha mãe o que meu pai fez comigo, e colocar em risco todos? O futuro do meu irmão, minha mãe depressiva e até mesma eu? Como eu iria estudar? Meu irmão que queria ser dentista, minha mãe que parou de trabalhar aos 18 anos, porque engravidou.  

Como eu poderia colocar a nossa subsistência em risco e ir contra esse silêncio, que já tinha acontecido há anos com a minha tia, que foi mais corajosa do que eu, mas sua coragem não valeu, ela não foi ouvida ou acreditada, pelo contrário, ela foi chamada de louca.

E assim aconteceu com a minha prima, que também foi mais corajosa que eu, mas... igualmente duvidaram dela, então, mais uma vez, o silêncio prevaleceu, para um bem maior e comum.

E hoje venho tomando a consciência desse triste sistema familiar materno que eu carrego. O SILÊNCIO para um bem maior, e o que é esse bem maior? O financeiro, ou melhor, toda a dificuldade que a falta dele traz, e olha o que eu sempre chamei de coincidências, não passam de um sistema: todas, absolutamente todas as pessoas na minha família materna sofrem com problemas financeiros, todos, incluindo eu e meu irmão.

Também foi por esse motivo, entre outros é claro, que estou aqui, afinal porque uma família busca tanto um conforto, e uma tranquilidade financeira, mas nunca ninguém consegue, mesmo sendo elas instruídas, formadas, pós-graduadas... qual a razão disso?

Todos são trabalhadores do lado materno, da qual eu tenho mais conhecimento, aliás muito trabalhadores, mas sempre tem alguma coisa errada que acontece e os problemas chegam, coisas mais aleatórias possíveis, problemas de saúde, golpes, roubos... e lá vamos nós de novo para luta, mais trabalho, mais estudo, e também mais silêncio.

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