Situações que tiram o prazer de viver em nosso cotidiano interferem em nossa felicidade. Se não houver cura, esse sofrimento passa a fazer parte da nossa memória sistêmica transgeracional. As histórias de vida vão se repetindo em grandes sofrimentos de traumas, onde os sucessores as carregam, e todas essas memórias podem até se transformarem em algo mais grave.
Acreditando que esses sofrimentos fazem parte da vida, são assimilados. Ficam abertos à espera da resolução, e assim vão havendo sobreposições do passado.
Todo sinal de um sintoma que chega pequeno é uma grande oportunidade de curar algo pelo sistema. Nomeamos como temas existenciais. Não pode ser negado e nem reprimido. Ficará na memória por várias gerações, se não houver cura. O maior movimento para a evolução do ser é cura desses sintomas existenciais.
A cura liberta os que vieram antes e os que virão depois. Acostumar-se a esses sofrimentos, é nos distanciarmos da alegria e da felicidade.
Todo emaranhamento e lealdades podem ser curados, e assim, os sucessores ficam libertos da necessidade de tratá-los com urgência. A vida é para termos saúde, sem problemas. Toda cura é ir além enquanto os sintomas são pequenos.
Muitos sintomas e emoções limitantes são ignorados pela medicina, e passam a ser vínculos de amor interrompido. Por exemplo, numa orfandade onde não deram amor à criança.
Todo sintoma não gera uma felicidade. Precisamos nos conscientizar dos nossos emaranhamentos e tratá-los como memórias vivas para serem curadas. Essas memórias podem ser muitas vezes, expressas através de sonhos de uma outra geração.
Também, através dos contos de fadas, revelam situações existenciais em nosso sistema que possam ser consteladas para a cura. Há sempre um significado específico ou coletivo no sistema, através dos personagens. É o corpo de dor existente.
Meu conto de fadas favorito desde a infância é a Cinderela.
Cinderela: espera do sapato de cristal pelo príncipe encantado.
É o arquétipo feminino da mulher que foi criada com a crença de que depende do homem para uma vida feliz. Trabalhei isso anos em minha terapia, para esse masculino existir em minha vida sem essa necessidade machista da dependência da qual fui criada.
Gratidão de encontrar meu marido, onde nele, isso é inexistente!