Em minha infância, gostava de Superman. Super herói completo, forte, auto suficiente; com seus poderes poderia salvar a todos e ganhar espaço, ser notado e se sentir incluído.
Esta dinâmica do Salvador dentro dos papéis nos relacionamentos faz triângulo entre a vítima e o perpetrador (agressor).
Estar neste papel de salvador sem estar consciente do que está fazendo, nos custa tempo e amor próprio, pois olhamos somente para direção do servir ao próximo e nos esquecemos.
O Salvador acaba se punindo em troca de ser visto, ser notado, deixando de lado o que é essencial para sua vida!
Hoje estudando para me tornar terapeuta, entendo que temos que nos colocar como um instrumento do conhecimento e de algo maior para facilitar o processo junto ao cliente que busca ajuda; dando suporte a sua jornada , sem interferir em seu destino ou querer mudá-lo.
A importância em estar consciente e curado de suas questões pessoais desde a criança interior é o que fortalecerá, sendo possível observar o todo, conduzir sem ser tomado pelas questões do cliente, servindo como adulto e trazendo aquela criança, que não consegue enxergar o presente pois está presa nos acontecimentos do passado, sem conseguir seguir adiante.
O Super-Herói salva, porem nós, como terapeutas não salvamos.
Nós conduzimos para que a própria pessoa transmute sua dor, se coloque no papel de adulto , diga sim aquilo que é, acredite que possa ser diferente e que a vida irá mudar por que ela quer; isso inspira a estar vivendo como num conto de fadas!
"Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana" Carl G. Jung.
# MÓDULO 06