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TAREFA DE CONCLUSÃO MÓDULO III

TAREFA DE CONCLUSÃO MÓDULO III
Deoblania de Medeiros Barbosa
mar. 27 - 3 min de leitura
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O meu querido papai sempre foi um homem muito trabalhador e destemido. Logo que casou, mudou-se da sua cidade natal, de Jardim do Seridó-RN, para morar no interior da Bahia para trabalhar na construção da barragem de Sobradinho. 

Essa foi a sua grande oportunidade de começar a nova vida, longe da seca e de tanta miséria, para assim poder constituir a sua família.

Foi com muito esforço e dedicação que conseguiu chegar a mestre de obras, apesar do pouco estudo.

Foi durante a adolescência que começou a trabalhar na construção civil, percebendo que conseguiria ganhar mais dinheiro trabalhando com construção do que na roça, que era o trabalho anterior da família.

O sonho do meu pai era ter estudado mas os meus avós não deixaram.

Eles diziam que era perda de tempo, que precisavam de todos os filhos trabalhando na roça.

Isso lhe causou uma grande revolta e magoa.

A minha querida mamãe, deixou a sua terra natal, Jardim do Seridó-RN, para começar a vida de casada em Sobradinho no interior da Bahia.

Ela também não pôde estudar, as condições que viviam mal dava para se alimentar e a seca do nordeste castigava muito a lavoura.

Quando era adolescente ela trabalhou na sede de uma fazenda, foi quando conseguiu aprender a ler e escrever.

Durante a infância ela trabalhou na roça e ajudou nos afazeres domésticos.

Mas também brincava com a sua boneca feita de sabugo de milho. 

A minha vó ficou viúva com duas filhas e o meu vô, que era irmão do falecido, também ficou viúvo com quatro filhos.

Os dois resolveram viver juntos e dessa união nasceu a minha mãe.

O vovô sempre foi muito bruto e autoritário, batia e agredia a sua família.

Ele não soube demonstrar afeto e carinho.

A mamãe cresceu em um lar com violência e sem o amor e a proteção do pai.

Após esses relatos eu me dei conta de porque a minha vida estudantil foi tão traumática, com uma alfabetização à base da palmatória, de ficar de joelhos no cascalho quente.

Meus pais não puderam estudar.

Entendo porque o nosso lar não transbordava amor e porque nós não fomos irmãs unidas.

A mamãe repetiu o modelo de educação que recebeu e agredia para educar. Infelizmente eu também repeti esse modelo de educação com o meu filho, ato do qual me arrependo profundamente. 

Assim como a mamãe não teve proteção paterna, também não teve proteção do marido.

Ela se sentia insegura e tinha medo que o papai sumisse no mundo e não voltasse para casa.

O papai era visita em casa porque sempre trabalhava longe.

Agora compreendo porque eu sentia tanta insegurança e tanto medo da vida.

 

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