Esse módulo foi muito interessante, porque eu nunca tinha me atentado sobre essa visão para com as histórias infantis. De fato, faz muito sentido o que a mestra nos ensinou nesse módulo.
Bom, eu sempre gostei da História da Cinderela, até fiz uma festa infantil para a minha filha das princesas e a fantasiei de Cinderela.
Quando olhamos para essa história, vemos uma menina que não teve o amor da mãe por muito tempo, porque a mesma faleceu. A madrasta era muito má, e seu pai que era muito amoroso com ela, logo morreu também, foi quando a madrasta a fez de empregada em sua própria casa, a fez morar no pior cômodo, o sótão, onde era frio e desconfortável.
Na visão sistêmica, vejo que houve uma orfandade de pai e mãe na vida da cinderela, e também ocorreu muita perseguição, escravidão na vida dos antepassados dela, uma vez que passou por muito sofrimento, perseguida por essa madrasta e suas filhas, muito invejosas.
Cinderela fazia tudo na casa, e ainda era humilhada, diminuída e ridicularizada diante das pessoas.
E de fato, a história que nós gostamos, é a que mais assemelha com as nossas memórias pessoais ou transgeracionais.
Eu não senti o amor dos meus pais, Cinderela não teve porque eles morreram, e eu não tive porque não senti.
Hoje entendo que eles me amavam não com palavras (Amo você)ou toque físico(carinho e beijos), mas sim com "atos de serviço" (cuidavam de mim, preparavam lanchinhos, etc). Me lembrei do livro que fala sobre as linguagens do amor.
Saí de casa aos 17 anos, mudei de cidade, para ir em busca de uma vida melhor.
Em meu primeiro trabalho nessa cidade, fui muito humilhada, mas saí de lá com cabeça erguida, estudei, formei, sempre fui uma menina de bom coração e feliz. Também me casei com meu príncipe, que não é perfeito, porque eu também não sou, mas que eu amo e é um grande companheiro.
Assim como o final da história da Cinderela.
#MOD06