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TEMAS EXISTENCIAIS E A SÍNDROME DE HARDY

TEMAS EXISTENCIAIS E A SÍNDROME DE HARDY
Carla Duran
jun. 16 - 5 min de leitura
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Deparamo-nos, em algum momento da vida, com situações de sofrimento e nos perguntamos: porque isso sempre acontece comigo? Se tenho um emprego, não tenho sucesso financeiro; se tenho inúmeras formações, não sou feliz na escolha da profissão; não consigo atrair e manter um relacionamento; ou vivo doente, nunca gozo de boa saúde; entre outros... 

Situações como essas são sintomas que surgem para serem vistos, para que as lições sejam aprendidas, as tarefas completadas, os princípios sistêmicos se equilibrarem no Sistema Familiar.

Enquanto as situações oriundas de memórias traumáticas, sejam pessoais ou transgeracionais, não forem vistas no sistema, esses sintomas só aumentarão, como ensina a mestra no, módulo 6 – Temas Existenciais, porque isso acontece comigo?

Existe um desenho animado antigo, muito engraçadinho, da hiena Hardy, em que seu bordão era: “Oh céus, oh vida, oh azar, isso não vai dar certo...” Com base nesse personagem foi denominada a Síndrome de Hardy, situação na qual a pessoa se sente como vítima de tudo e de todos, mas jamais de seus próprios hábitos e pensamentos. 

Não se pode dizer que uma pessoa otimista não sofra infortúnios. Mortes, doenças, violência, demissões, péssimos relacionamentos acontecem a todo instante, indistintamente, não importando a bondade ou maldade das pessoas no mundo inteiro. 

O que muda é como cada um de nós responde aos acontecimentos. A pessoa tipo Hardy toma os acontecimentos para si como um fator de castigo ou de azar, de eu sabia que não ia dar certo e pior ainda, de eu avisei.

E por que estou citando o Hardy aqui neste artigo sobre temas existenciais?

Porque temos a tendência a nos acostumar com nosso sofrimento e sermos pessimistas em relação à nossa cura, à mudança de padrão comportamental.

Nas aulas, brilhantemente, a mestra nos ensina que não podemos nos acostumar com os sofrimentos. Nos alerta para que quando algum cliente ou nós mesmos aceitamos como normal o sofrimento, devemos nos questionar como estaríamos se não tivéssemos tal sofrimento. Esses questionamentos nos permitem identificar melhor os sintomas e irmos em direção à sua origem.

É possível vivermos de forma saudável e feliz, sem nos sentirmos culpados por sermos diferentes dos nossos antepassados em nosso sistema. A forma inteligente e sistêmica para sair de emaranhamentos causados por fatos traumáticos vividos pelos antepassados, existe, e a ferramenta está na Constelação Familiar e nas intervenções sistêmicas.

É extremamente importante olhar para esses sintomas, pois de NORMAL, passam a ser GRAVES, de grave, passam a ser o INCURÁVEIS, e lá estaremos nós, aprofundando os emaranhamentos e estendendo às gerações futuras.

Posso aqui citar inúmeros exemplos, mas vou partilhar com o meu caso: por viver numa busca existencial desde o início da adolescência, porém sem ter muito êxito, sempre tive inúmeras dificuldades com meus pais, principalmente mãe.

Não pedir a ajuda certa, fez-me chegar à obesidade mórbida e com 26 anos tive meu primeiro AVC, e aos 30 cheguei aos 150 quilos e recorri a cirurgia bariátrica. Esse processo trouxe mais dor e sofrimento, inúmeras outras doenças, e hoje me trato de câncer da tireoide. Como se não bastasse isso, minha bebê foi diagnosticada com transtorno do Espectro Autista. Isso, meus caros amigos de jornada, não é para me auto compadecer, e sim para demonstrar que o sintoma, por mais simples que pareça, quando não é visto, ele aumenta, se encorpa e traz inúmeras outras consequências. 

Não é fácil sair da posição de vítima, do arquétipo do guerreiro, da heroína, do ter que dar conta de tudo e de todos, do ser autossuficiente, do ser melhor que nossos pais foram, e pedir ajuda, porém é o único caminho. O caminho, de fato, para a cura interior.

Que tal parar um pouco hoje a sua rotina e observar os sintomas cotidianos que lhe estão acometendo e prejudicando seu bem-estar, sua saúde, seus relacionamentos? 

Que tal hoje lançarmos um olhar sistêmico em direção à nossa vida, ao nosso sofrimento e perguntar: tudo bem, eu te vejo, o que trazes para mim hoje? O que precisas que eu compreenda para completar o que falta em mim e em meu Sistema?

O Hardy do desenho animado estava sempre na companhia do Lippy, o leão mais otimista da face da Terra, fazendo o contraponto ao seu desânimo e muxoxo.

Vamos buscar o Lippy em nossas vidas e olhar para esses temas existenciais?
 

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