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TEMAS EXISTENCIAIS: UMA APANHADO GERAL DO MÓDULO 06 – ENTRE SINTOMAS, FATOS E CONTOS DE FADAS

TEMAS EXISTENCIAIS: UMA APANHADO GERAL DO MÓDULO 06 – ENTRE SINTOMAS, FATOS E CONTOS DE FADAS
Cristiane Queiroz Duarte
abr. 25 - 5 min de leitura
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Esse módulo trouxe vários e preciosos ensinamentos que nos atingem de uma forma a ir, sem agredir, mais além em nosso inconsciente.

Pude ao longo de cada vídeo refletir e identificar as normalidades aceitas em meu sistema, como o insucesso, o complexo de inferioridade, o conformismo diante de situações desvantajosas ao sistema, o silêncio e o emburramento diante de situações cotidianas que levam ao afastamento e a exclusão.

Assim como os vários sintomas detectáveis entre as gerações, como problemas dentários, obesidade, vício, varizes, alergias e que são vistas como um legado de família, uma lealdade ou marca de pertencimento.

Ao mesmo tempo, saber que  uma solução, basta que um membro desperte desse torpor e queira curar em si os sintomas, que isso afetará e curará também o sistema é libertador e esperançoso.

Vejo que faço isso ao buscar o autoconhecimento, ao não me deixar vencer no tocante às frases “é assim mesmo...”, “não temos sorte...”, “ isso é muito normal em nossa família”. Quero e preciso libertar-me desse emaranhamento para que minhas filhas e outros descendentes não tenham que enfrentar tais sofrimentos, fracassos e martírios.

Na Simetria Oculta do amor, há um trecho na página 161, “Complicações em grupos familiares”, que representa muito bem o que vivo em meu contexto familiar: Os membros da família não sentem as agressões às ordens ocultas do grupo familiar como sentimentos de culpa em sua consciência pessoal. As agressões tornam-se óbvias apenas no sofrimento que trazem, especialmente aos filhos, os quais muitas vezes arcam com as consequências do que não fizeram.

A dinâmica de uma família exige plena participação de todos os membros. Ao ler tal passagem pude me reconhecer e também aos meus e perceber que se não houver uma conscientização, isso se reproduzirá ainda por muitas gerações. Não quero mais, basta!

Outro ponto importante foi o vídeo que trata sobre Os fatos cotidianos: eles também são sintomas, que particularmente foi um soco na boca do estômago, porque desvelou para mim algo que eu já estava me conformando que era, embora  minha dedicação, persistência e foco, sempre na hora decisiva, me descontrolo e me boicoto. Não me permito ter sucesso. Outros membros da minha família também agem assim, outros não. Saber que pode ser uma questão sistêmica a ser olhada, me encheu de esperança.

Aí, quando Olinda nos relata que nossos contos de fadas nos diz bastante  sobre  nós e o nosso sistema, vi como um flash que a história que sempre me emocionou bastante “A do patinho feio” diz muito sobre o meu sentimento de deslocamento no núcleo familiar e distanciamento pessoal que mantenho das pessoas, por conta das palavras agressivas que já ouvi devido a minha cor, meu cabelo, minha aparência.

Tive que criar um escudo para me defender e por isso não me permito a aproximação com ninguém, inclusive, filhas, marido, mãe, irmãs e demais parentes. Cultivei o hábito da solidão, minha companhia é a única que sou capaz de suportar, os outros convivo, escuto, converso, mas não me abro.

E patinho feio era assim, ao se ver rejeitado, inclusive na própria família, resolveu buscar outros lugares, criou para si um mundo a parte e ia aceitando as ofensas no meio do caminho até que um dia se deparou com um dos seus e nesse reencontro, soube se reconhecer e ver que sofrera tanto por não assumir o que de fato era: um lindo cisne.

Paralelo a isso, tenho grande dificuldade em aceitar minha inteligência e capacidade intelectual por medo de ofender alguém, para isso eu não consigo chegar até o fim em processos seletivos como concursos.

Um exemplo bem recente foi o meu mestrado, que fiz à base de muito sofrimento e angústia, faltei colocar minha orientadora louca, a ponto de até ser indelicada com ela por diversas vezes, e ela, soube em sua empatia perceber que havia ali algum trauma que não permitia querer avançar. Consegui aos trancos e barrancos defender minha tese, mas depois disso, guardei meu título na gaveta e não soube usá-lo como meio de melhorar minha condição financeira.

Por meio da leitura do livro “Ah!, que bom que eu sei”, assumi a proposta feita pelos autores sobre os contos de fadas, na parte em que falam: “Reproduzimos essas interpretações, confiando em que o leitor perceba a margem entre a rigidez e o acaso que essas intepretações possuem e as utilize em proveito próprio.”

É o que pretendo, antes de ajudar os outros, preciso faxinar meu interior, reelaborar e ressignificar histórias, romper com o que não me serve mais e olhar para o futuro e aceitar-me, enfim como cisne.

 

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