Entre subidas e descidas, a relação com o tempo e dinheiro não foi de certo constante ou estável. Os sentimentos tumultuosos e conflitantes entre as questões relacionadas com meus pais estavam presentes.
Certo é que eram pontos básicos para se ter uma vida saudável e completa, mas a ignorância afastava este entendimento. De certo modo, conquistei muitas coisas, mas algo maior ainda ficava. Percebia a dificuldade em gostar de rotinas, me condicionei a observar os boicotes emocionais, o que funcionou em algumas áreas da minha vida, principalmente, no trabalho. Contudo, áreas como saúde e lazer eram sempre prejudicadas.
Sempre tive tino para os negócios e uma liderança nata, o que me abriu portas.
Estudiosa e aplicada, trabalhos e oportunidades apareciam e o dinheiro também, só que minha relação como ele era distante. Sabia que ele estava ali e a hora que eu quisesse eu poderia pegar, mas nunca fui de me importar ou ter maiores ambições.
Percebi estas disfuncionalidades e resolvi tomar um caminho terapêutico que respondesse minhas perguntas, apresentasse verdades e que desse sentido a uma história que estava fragmentada.
Infantil e emocionalmente adoecida, tomei, em doses homeopáticas, minha mãe e meu pai todos os dias. No início, era um remédio amargo e ruim. Em obediência à vida, prossegui e, tomada de pequenas grandezas, fui me transformando e me alegrando novamente.
Abriu-se uma fonte de inspiração, criatividade e pertencimento.
Minhas rotinas passaram a ser uma oração em agradecimento à vida por tudo que ela proporciona e aos milagres que eu vivencio. Por isso, tomo sempre minhas doses diárias de pais, para pedir suas bênçãos e me lembrar da importância que eles têm em minha vida.