Desde muito cedo, a dor e o abandono tomaram conta do pequeno ser de minha mãe. O pai dela faleceu aos 5 anos e a minha avó ficou viúva com 6 filhos. Cada filho foi entregue a um parente e todos trabalhavam de forma pesada, desde muito cedo.
Minha mãe nunca relatou nada sobre namorados antes de meu pai aos 29 anos.
Sua juventude foi de trabalho na roça e, só aos 29 anos, foi para a cidade tentar uma vida melhor.
Conheceu o meu pai, engravidou de mim e nunca demonstrou amor próprio. É uma mulher infeliz no amor, sendo que a presença de meu pai a incomoda. Cresci com uma mãe que nunca conseguiu demonstrar felicidade no casamento, porém, sempre disse que nunca se separou por causa dos filhos.
Meu pai é um homem de segredos, nunca sabemos se o que ele está falando é verdade. É um homem que gosta de promiscuidade e traições. Apesar de tudo, ele demonstra amor por minha mãe e tenta ser um marido feliz, mesmo percebendo que sua parceira não é feliz ao lado dele.
Com a relação aos meus pais, me dou conta que, apesar de todo o contexto, posso ser uma filha amorosa e respeitá-los da forma que são. Procuro, no meu casamento, conservar o amor e a união com meu marido, pois não quero terminar a minha vida ao lado de uma pessoa pela qual não exista amor e respeito.