Uma casinha amarela no final da rua tem como enfeite um ipê amarelo ainda jovem e tem como identidade o número 322 - que para entendidos é um número bom para pessoas que gostam de viver sós . Ali mora uma anciã com uma de suas filhas que também não é mais tão jovem.
A anciã tem muito amor e zelo pelas flores que aprecia cultivar. Seu jardim é pequeno, mas é florido. Sua filha tem outros apreços e, também, gosta de flores e da primavera.
Ambas, em seus mundos travam grandes e dignas batalhas. A anciã, já mais calejada pela vida, aceita com mais resignação; a mais jovem se debate a cada adversidade, sente mais o impacto.
A senhora general Anciã, com sua habilidade aliada à astúcia e a ponderação, conseguiu realizar seus feitos. Isto não quer dizer que não tenha perdido algumas batalhas.
A senhorita general Filha por desconhecer alguns terrenos e por ser inexperiente e confiar demais, também perdeu algumas batalhas e aprendeu a ser mais cautelosa e comedida.
Todavia, ambas saíram dessas batalhas com ferimentos que vão além da carne. Cicatrizes que mostram o quão profundas foram às feridas.
Ambas foram aprendendo a se movimentar em terrenos estranhos, a conhecer seus pontos fortes e fracos, a estabelecer metas e planos. Bem como, aprenderam a avançar e a recuar diante de certas situações, a frear impulsos desnecessários e ter correto posicionamento antes de mover-se em direção à frente. Assim, com inteligência, vão assimilando diferentes realidades.
Mesmo que de forma lenta, o processo está acontecendo e, a cada passo dado, um novo aprendizado e um novo entendimento surgem e assim vão aprimorando princípios básicos que vão levá-las à vitória, porque o céu e a terra diariamente presenteiam a todos nós com ensinamentos valiosos. Não bastam termos boas intenções; as consequências é que vão determinar.
E numa guerra ou em nossas guerras pessoais o que realmente importa é uma vitória rápida, ocasionada por um detalhamento de planejamento e tomada de boas decisões serão fundamentais.
Uma guerra tem muitos rostos.
Esta aqui tem rosto de mulher e tem nome: Maria, minha mãe, uma guerreira, uma rainha que não tem um trono, mas ela tem uma casinha amarela que é o seu castelo, que foi construído enfrentando várias batalhas e uma guerra; e tendo como escudo a sua fé.