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VIDA E MORTE

VIDA E MORTE
Fabiana Judite Nascimento Beloti
jun. 22 - 3 min de leitura
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As constelações épicas  trabalham com temas de vida e morte, com temas que são divisores de água dentro de um sistema e uma das características principais das constelações épicas é que olhamos para soluções. Elas exigem reconciliação, exigem tomada de consciência.

Hoje compreendemos que a população mundial vive de forma silenciosa as inúmeras interferências dos registros gestacionais experienciados dentro do ventre materno.

No que diz respeito à esta experiência, ela pode ocorrer de duas formas: 1. Quando existe a formação de um único embrião, mas as inúmeras células que se multiplicam como consequência da gestação causam movimentos, trocas de percepções e impactos originando traumas. 2. Quando existe o desenvolvimento de mais de um embrião, mas em algum momento da gestão, um deles deixa de se desenvolver. Tornam-se então sobreviventes gêmeos. Os sobreviventes gêmeos são os únicos sobreviventes de uma gravidez dupla ou múltipla.

Começaram a vida no útero como um gêmeo, mas seus irmãos morreram, seja durante gravidez ou na época do nascimento.

É importante ressaltar, que esta situação ocorre de forma totalmente imperceptível e na maioria dos casos, nem mesmo a mãe tem a compreensão deste processo.

Os sobreviventes gêmeos passam suas vidas constantemente reencenando a vida e a morte de seu gêmeo. Parece que nada é mais importante que isso, nem a vida em si.

No ventre da mãe existem duas formas e escolha: a que os sobreviventes gêmeos fazem todos os dias, e muitas dessas escolhas são auto sabotadoras. Este estilo de vida autodestrutivo tem dentro de si um propósito maior que pode não ser imediatamente evidente para você, um ato sacrificial de amor, tendo como objetivo uma única tarefa, que é sempre a de manter seu gêmeo vivo e presente em sua vida. Existe uma força de resistência para a cura, apesar do fato de que ser um sobrevivente gêmeo pode ser doloroso. Ele tem uma sensação vaga de algo faltando que ainda o leva a preencher esse espaço.

Existe uma dualidade interminável entre a vida e a morte que caracteriza a vida do sobrevivente.

Pouca atenção é dada aos efeitos psicológicos sobre estes registros gestacionais, pois é geralmente assumido que tal experiência inicial não poderia deixar qualquer impressão.

Agora compreendemos que o único sobrevivente carrega uma marca inabalável de sua experiência precoce ao longo da vida. Em muitos casos isso causa sofrimento, embora nem sempre, mas para aqueles que sofrem, é desnecessária a carga que carregam e teria sido muito facilitada pelo reconhecimento deste fato.

No entanto a impressão vaga, a compulsão de reter é extremamente forte, como se ele continuasse a sacrificar sua felicidade e seu futuro para preservar sua intenção de corrigir o inacabado.

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