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VOCÊ RECEBE O TANTO QUE VOCÊ DÁ?

VOCÊ RECEBE O TANTO QUE VOCÊ DÁ?
Ana Cecília Guimarães Costa
mar. 20 - 4 min de leitura
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Em toda relação entre pessoas sempre existem uma troca, seja de informação, de sentimento, de bens materiais, enfim, em  tudo que engloba o conviver entre duas pessoas existe entregar algo e receber algo de volta.

Mas sempre é assim? Deveria, mas não é.

Um dos princípios sistêmicos proposto por Bert Hellinger é o equilíbrio entre o dar e receber. Princípio este que está presente em todas as relações, sejam entre cônjuges, pais e filhos, entre amigos, no local de trabalho, etc.

Quando damos algo a alguém, mesmo que de forma inconsciente, cobramos e esperamos que essa pessoa nos devolva algo como forma de compensação pelo o que foi dado.

Podemos comparar a uma balança, se tiramos um peso de um prato, o outro ficará mais pendente. E para voltar ao equilíbrio inicial, um mesmo “peso” precisa retornar ao outro prato. E assim seguimos neste constante desequilíbrio em busca do equilíbrio. Essa é a dinâmica da vida.

Porém, nem sempre conseguimos atingir esse equilíbrio. Daí surgem os relacionamentos abusivos. Quando um der mais do que receber.

Como por exemplo, em um relacionamento conjugal.

A esposa sempre muito atenciosa, procurar fazer de tudo para agradar seu marido. Arruma a casa, faz um jantar especial nas datas comemorativas, e o marido não repara, não agradece, e não proporcionada nada igual ou parecido a ela em nenhum momento ao longo dos dias e dos anos.

Por mais que ela não expresse essa mágoa, inconscientemente ela cobra ele: “E eu? Não recebo nada? Faço tanto por ti e você não me devolve nada? ”

Outro exemplo seria nas relações de trabalho.

Um homem é contratado para fazer os serviços gerais na empresa, no horário comercial, de segunda a sexta-feira. Porém, na prática, aquele funcionário só tem horário para entrar, não é remunerado com as horas a mais trabalhadas, e, além de fazer o seu serviço, também fiscaliza os clientes da loja, para que não ajam furtos.

Ao longo dos dias, esse funcionário vai percebendo que a relação patronal está desequilibrada, ficando exausto, cansativo de se doar tanto e não ter uma recompensa em troca do seu esforço e trabalho. A tendência é que ele comece a procurar outras empresas para trabalhar, afim de reestabelecer esse equilíbrio, ou pelo menos não ter mais tanta desproporção.

Conseguem compreender como o equilíbrio entre o Dar e o Receber é importante em todas as relações?

Entretanto, a única relação a que esse princípio não se aplica é entre pais e filhos. Diferentemente das outras relações, o maior presente que os pais podem dar aos seus filhos é a vida. E por ser tão grandioso esse presente recebido, os filhos também querem compensar seus pais de alguma forma, afim de equilibrar a relação.

Contudo, por mais que façam de tudo por seus pais, é uma conta que não fecha nunca.

Por isso, nós filhos, por amor aos nossos pais, abrimos mão da nossa própria felicidade, saúde, riqueza em prol das dores daqueles que nos trouxeram à vida. Aí surgem os emaranhamentos.

Como dizia Bert Hellinger: “Antes da felicidade, os pais”.

E afinal, como nós filhos podemos honrar e agradecer pela a vida que nos foi entregue? Sendo pais! Passando a vida adiante. Aceitando, honrando, reverenciados os que vieram antes. Fazendo pelos nossos descendentes aquilo que um dia nos foi feito.

#mod03

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