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Pensão, devo cobrar? O que o direito sistêmico diz sobre isso?

Pensão, devo cobrar? O que o direito sistêmico diz sobre isso?
MILENA PATRICIA DA SILVA
jan. 4 - 4 min de leitura
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Dentro de uma separação, temos vários componentes que precisam ser discutidos, principalmente quando temos crianças envolvidas. 

Escuto muitas pessoas dizendo que não vão cobrar a pensão do ex cônjuge porque não precisa, ou por qualquer outro motivo.

Quando pensamos em pensão no direito sistêmico estamos pensando em uma contrapartida da outra parte. Ou seja, o outro deve contribuir com as despesas dos filhos. 

Então, qual seria a postura adequada no contexto do direito sistêmico?

Seria reconhecer que dentro das leis sistêmicas é justo e equilibrado que ambos trabalhem juntos para o bem dos filhos. 

Os filhos são a representação do vínculo que nunca se desfaz. A relação conjugal termina, mas o vínculo que os unem é para sempre. 

É importante reconhecer no outro, a importância do que vivenciaram juntos. Assim, novos relacionamentos podem florescer. Sem gratidão as novas relações ficam enfraquecidas. 

Quando um casal se separa, costuma esquecer o que de bom tiveram. Mas sim, um dia se amaram, e então veio um filho. 

Quando os filhos ficam no meio do conflito entre os pais, os filhos sentem em sua alma algum nível de rejeição. Os filhos sabem, inconscientemente que são compostos por pai e mãe, e se ambos - pai e mãe - se atingem, quem sofre são os filhos.

É importante separar a conjugalidade da paternalidade. Quando um casal se separa o vínculo conjugal deixa de existir, mas o vínculo parental permanece. 

Filhos de pais que reconhecem essa realidade, são mais felizes e saudáveis emocionalmente. 

Então, quando se compreende a visão sistêmica da ajuda, através da pensão dada aos filhos, fica claro que isso também faz parte da lei do equilíbrio. Equilíbrio entre dar e receber. Equilíbrio de custos que dizem respeito a uma criança que pertence a ambos.Os filhos também estão a serviço dos pais. E nesse sentido, os filhos podem proporcionar aos pais que equilibrem suas questões através de uma ajuda pecuniária.  

Então, sistemicamente é certo exigir pensão, quando o cônjuge se nega a pagar?

Eu, acredito que sim! Pois, quando o outro não quer pagar, mesmo tendo condições para isso, ele está desequilibrando a relação com o filho e com o ex cônjuge. Portanto, aquele que mesmo sabendo que deve, deixa de ofertar qualquer ajuda que seja, impede que o outro e a si esteja em equilíbrio. Exigir a pensão é uma forma de equilibrar uma relação que por muito tempo foi desequilibrada. 

Nesse sentido, a ajuda poder ser na medida das possibilidades. 

Seja in natura, em remuneração financeira, roupas, calçados. O que puder ser ofertado. 

Muitos ex cônjuges brigam justamente pela pensão. Pois um acha injusto o outro justo, um acha que é pouco e o outro acha que é muito. 

Além disso, há uma confusão geral sobre a convivência com a criança e a pensão. 

- Eu pago pensão tenho direito a visitar. Ou, ele não paga pensão não vou deixar visitar.

Ei, calma! Não é por aí!!

Ambos, pai e mãe tem direito de conviver e desfrutar da presença dos filhos. Não confundamos alhos com bugalhos. 

Se o ex cônjuge não paga pensão ele não pode ser impedido de visitar o filho. O que o filho tem a ver com a briga financeira entre os pais?

Esse é assunto dos adultos. As pessoas precisam separar os conflitos que elas tem com seus ex cônjuges da relação que pai e mãe tem com seus filhos.

 

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