O livro traz um panorama geral da situação criminal no Brasil, com dados históricos e científicos, de pesquisas nacionais a cerca da criminalidade e criminalização.
Apresenta os dados relacionados ao encarceramento, atentando ao leitor sobre os números elevados da população carcerária. Apontando para uma outra alternativa ao invés do encarceramento maciço.
A obra se destaca, por ser um dos primeiros trabalhos acadêmicos em nível de mestrado, trazendo uma profundidade para a discussão, se destacando ainda por ser o primeiro no tema do direito penal.
Serve de apoio e fundamentação teórica para os estudantes e operadores do direito, na medida que trata de diversos assuntos relacionados tanto ao direito, quanto à psicologia e as constelações sistêmicas, sendo assim, multidisciplinar.
Ao apresentar as disfuncionalidades do sistema carcerário, traz uma luz para algo ainda pouco explorado dentro da área criminal.
Ao passo que as constelações no judiciário se voltam mais para a área cível e de família, a autora apresenta a ferramenta das Constelações como uma possibilidade de trabalhar as relações dentro do sistema carcerário.
Trata com afinco as questões relacionadas à reincidência penal. Além de mostrar que uma grande parcela dessa população aprisionada tem questões significativas de exclusões em diversas áreas, antes de fazer parte do sistema penitenciário.
O prefácio do livro, apresenta a autora como sendo a primeira pesquisadora que foi até o berço das Constelações no Judiciário que foi em Amargosa/BA. Portanto, o juiz Sami Storch valida o trabalho realizado pela autora, sendo este o precursor da utilização das constelações no judiciário no mundo. Hoje trabalhando com Bert Hellinger e Sophie Hellinger na pós graduação em Direito Sistêmico.
A obra compila de forma objetiva o que são as constelações e sua origem, sendo este um tema ainda pouco abordado. Apresentando a constelação de forma científica com base em seus estudos.
A obra traz reflexões acerca do poder punitivo exercido pelo modelo retributivo, o qual se mostra um instrumento de eficácia social contraproducente. Apresenta o modelo atual de punibilidade como falido, além de falacioso quando se trata de ressocialização.
Nesse sentido vale a leitura para compreender toda a discussão que deságua, na possibilidade de utilização da Constelação como instrumento restaurativo e ressocializador.