Os Florais de Bach entraram em minha vida em um momento muito dolorido. Era o ano de 1998, eu sofria já há alguns anos, com uma horrível dor de cabeça que surgia de repente e aparentemente sem motivo.
Depois de muitos exames e medicamentos veio o diagnóstico de enxaqueca, e o médico alertou-me que os episódios seriam cada vez mais frequentes e que os medicamentos seriam experimentais e iriam sendo substituídos, pois depois de um certo tempo deixavam de fazer efeito.
Como as crises eram traumatizantes, aquela perspectiva foi para mim assustadora e decisiva.
Eu que, até então, não tinha uma boa relação com os chamados tratamentos alternativos ou remédios naturais, resolvi aceitar qualquer coisa que me tirasse daquele sofrimento, pois eu sofria com a dor de cabeça e, quando não estava em crise, sofria com o medo de que a dor pudesse aparecer a qualquer o momento.
Por sugestão de uma das irmãs da comunidade recebi em casa uma senhora que trabalhava com florais. Ela conversou um pouquinho comigo e, dias depois, entregou-me um vidrinho recomendando que tomasse algumas gotas várias vezes ao dia, por três meses, o que implicaria adquirir depois mais dois frascos.
Para minha surpresa, antes do primeiro mês eu já não sentia nenhum sintoma. Nem sei se cheguei a tomar durante todo o tempo recomendado, mas sei que quando as pessoas perguntavam, eu respondia que já nem me lembrava quando havia sentido dor de cabeça pela última vez.
Vinte anos depois conheci a professora Olinda Guedes e os saberes sistêmicos e com eles reencontrei os Florais de Bach. Mas, só após ter participado de outros cursos oferecidos pela Escola Real, tomei coragem para estudar as gotinhas de milagres.
E o curso foi surpreendente, tudo era novidade para mim, desde a história de vida do dr. Bach, a história de como foi construída a pesquisa até chegar aos remédios.
Fiquei encantada com o agrupamento das essências e as respectivas indicações, contudo, nada me trouxe maior alegria do que ver os resultados quando eu, com a orientação da professora Olinda, tive a oportunidade de sugerir os Florais de Bach para outras pessoas.
Essa é uma alegria que não tem nome!
E somente hoje, quando estou escrevendo este pequeno texto para o relato de conclusão do curso Terapeuta Sistêmico em Florais de Bach, me vem o insight de que tudo começou em 1991, quando faziam quinze dias que minha mamãe havia voltado para a casa do Pai e eu experimentei pela primeira vez na vida o que era sentir dor de cabeça.
E assim, 30 anos depois daquela primeira dor, fecham-se as cortinas, e eu me preparo para o próximo ato, seguindo o meu caminho de aprendiz de terapeuta.
#RCCFB