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PRINCÍPIOS SISTÊMICOS - PERTENCIMENTO

PRINCÍPIOS SISTÊMICOS - PERTENCIMENTO
Ionara Butzge
out. 24 - 5 min de leitura
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Na primeira aula, entendemos que pertencer ao grupo escolar é muito mais do que ser um número ou nome na lista de alunos. Uma criança sente-se pertencente quando ela percebe que é aceita como é, quando percebe que é bem vinda ao grupo de seus colegas e também por seus professores.

O professor por sua vez, pode lançar mãos dos recursos aprendidos no módulo 1 (sistemas representacionais) entendendo como esse aluno aprende, como ele se sente a vontade, como ele se deixa "pertencer" nas mais variadas formas de aprender e ensinar (auditiva, sinestésica e visual). E pode-se fazer isso ao criar contextos para conhecer as histórias de seus alunos, suas histórias familiares, seus dramas e também suas alegrias. Sem julgamentos ou receitas para consertar o que parece não estar correto. 

Na aula dois, sobre alunos desatentos ou "problemas", professores e equipes pedagógicas devem compreender que, assim como os adultos, as crianças também trazem consigo todas as emoções, as sensações, os sentimentos, expectativas e sonhos com relação ao que encontrar na escola. Trazem os sofrimentos de suas famílias, de seus sistemas familiares também.

Aqui, nossa Mestra Olinda frisa bem, que "um aluno problema mostra o que tem no coração de seus genitores, no coração da família e as vezes,  no coração da escola".

Em todos os casos, o professor SERVE o aluno. Ele faz uma PARCERIA, ele CONDUZ, GUIA o aluno com respeito e amor. Usando técnicas da Constelação Sistêmica, pensando na ordem, o professor se coloca ao lado de seu aluno, ao lado direito. 

Lembrando que os alunos desatentos, que não conseguem focar nos assuntos escolares, estão ocupados/preocupados com alguém da família que é depressivo, que não está emocionalmente bem. 

Todos temos SEDE DE AMOR, de sermos amados como somos, pelo que somos, ser reconhecidos e aceitos. Quando nos sentimos amados, nós evoluímos!

Na aula três, quatro e cinco,  a Mestra fala dos alunos hiperativos, distraídos, aqueles inquietos, mais agitados, mais falantes que podem apenas ser alunos que aprendem de forma visual (mão na massa, laboratório, equipes e pesquisas, movimento, toque, recorte e colagem, executar atividades, criar conhecimento) e sinestésica (macies, fazer devagar, conforto, calor) ou, por não conhecerem suas histórias familiares e estarem em busca de irmãos que foram abortados, filhos nascidos não reconhecidos, pessoas excluídas do sistema.

Esses vivem com muita pressa pois querem encontrar aqueles que estão "perdidos", ou distraídos esperando "deitados" pelos que ainda precisam chegar.

Para auxiliar o professor na tarefa de conhecer seus alunos, temos como sugestão uma produção textual descrevendo "Quem é minha família". Os professores podem dar dicas de quem os alunos podem incluir aqui, ouvir as "inclusões" que eles fazem e que as vezes parecem aleatórias, mas não são. 

É conveniente compreender que muitas vezes quando a criança apresentar problemas na escola, ela está mostrando como estão seus pais. Para esses alunos e pais, devemos oferecer momentos de acolhimento na escola, de escuta ativa e consciente, de ajuda quando solicitada.

Fazer com que a criança e seus pais, percebam que sua família, como ela é , é a família certa. Nascemos onde devemos nascer. Sem nossos genitores, não seriamos nós. E, quando sentir que pode ajudar (e pode), sugerir aos pais que procurem terapias sensoriais (constelação, massagem, florais, entre outros).

Em sala de aula, nos últimos 4 anos, tenho feito assim: sempre no início do ano letivo, costumo montar com meus alunos (em todos os segmentos) o painel da família.

Os pais mandam no WhatsApp fotografias da família em casa, num momento juntos. Essas fotos são impressas, colocamos os nomes das pessoas que compõem cada família e montamos nossos cartazes.

Costumo usar a música TREM BALA - da Ana Vilella para trabalhar a importância do AMOR, de quem ama a gente, de quem torce para nos ver  felizes e que não devemos perder tempo com brigas bobas.

Na reunião de pais, preparamos desenhos da família com frases, um cantinho com chás e biscoitos. Com os pais,  ouvimos a música BOA PESSOA - de A Banda Mais Bonita da Cidade, para que os pais lembrem do quanto essas crianças são importantes para eles e para mim, a professora.

No bilhetinho que vai com uma flor para casa, colocamos uma frase linda da Mestra Olinda, do livro "O que traz quem levamos para a escola", que diz assim: "Se os seus filhos percebem que você também ama a escola, respeita os professores, eles também apreciarão aprender".

Quando concluí esse módulo, tive uma felicidade em perceber, que com as leituras que fiz, com o conhecimento que Olinda já distribuiu, eu pude melhorar e ser a professora que eu quero ser!

E verdade seja dita, tenho tido muito sucesso e muito afeto tanto dos alunos quanto de seus pais. A vida escolar ficou muito mais leve!

#mod02#pedagogiasistêmica

 

 

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