Pedagogia sistêmica é uma filosofia, é um novo jeito diferente de tocar a vida, onde fazemos esse movimento de aprender e ensinar ao mesmo tempo.
O professor pode trabalhar a partir de suas historias de vida em todas as dimensões disciplinares o tempo todo, sendo possível trazer presente os princípios sistêmicos sem fugir dos conteúdos e desenvolvimento das praticas terapêuticas.
Ao realizar o exercício dos relatos de suas historias de vida estamos trabalhando a prática e a cura de seu sofrimento, assim fortalecendo seu sistema imunológico.
É fundamental esse fazer pedagógico e esse movimento abre brechas para trabalhar a prática da inclusão.
Onde o estudante se sente em condições de trazer presente as suas histórias de vida seus momentos de alegrias e de tristezas, sendo bem acolhidos e se colocando como sujeito e não como parte do processo.
É preciso nos antenar quando o estudante apresentar sintomas de estar distante mundo da lua, precisamos trazer bem perto de nós com abraços muito carinho e afeto, para que se sente seguro.
Quando esse estudante trás consigo esse sintoma, esta trazendo consigo o sofrimento de seus antepassados que passaram por isso e foram excluídos e não tiveram o amparo, proteção e amor o suficiente.
Sendo assim tenho a ousadia de afirmar que dentro do meus aprendizados adquiridos com a professora Olinda, a pedagogia sistêmica não tem estudantes problemas mas sim aqueles que trabalham mais no seu sistema familiar, ou seja, dos seus antepassados.
O mais interessante nesse fazer pedagógico para se ter qualidade e bom desenvolvimento de ensino e aprendizagem , exige a participação dos pais na escola e desta com os pais e caminhar juntos ombro a ombro.
Quando estudei esses dois módulos mergulhei nas lembranças do meu primeiro dia na escola.
Não trazia uma mochila mas sim uns cadernos reaproveitados dos meus nove irmãos mais velhos dentro de um embornal confeccionado pela minha finada mamãe de saco de sal, levando junto a minha historia de vida e uma ansiedade de aprender a ler e escrever como os adultos e meus irmãos mais velhos de fazer tarefas de verdade e não de brincadeiras.
Levava também uma felicidade muito grande, mas ao mesmo tempo muito medo que até hoje não sei explicar.
Estou aprendendo bastante, sentindo que a cada dia preciso priorizar e me cuidar para que eu possa perceber que a contribuição para mim mesma é fundamental para poder estar em condições de poder ajudar o outro.
Gratidão.