Pelas mãos da mestra Olinda eu pude ver as mãos de minha mãe. Mesmo sem nenhum conhecimento ela untava meu peito com banha de galinha morna, pois a bronquite não me deixava dormir.
Ela cantava canções de ninar, me aconchegava junto ao peito e eu adormecia.
Minha mãe amada, quantas saudades de ser criança e poder dormir em seus braços!
Hoje eu posso ver que a senhora já me colocara no caminho da cura.
Por muitos anos a bronquite me acompanhou, até eu entender que poderia ser quem eu quisesse, que a alegria é parte do meu ser, que eu posso usufruir da vida de maneira simples, saboreando o que há de melhor nesta terra.
Obrigada mamãe, papai, mestra. O meu ser se enche de gratidão.