A chuva
" Gotas enormes e alegres
Que da minha chuva, vem
Deixa as cidades molhadas
E as pessoas, também
Tem criança nas goteiras
De casas e de armazéns.
No sertão, a minha chuva
Vai alegrar minha gente
Que plantou o seu roçado
E lá, espera, contente
Por uma boa fartura
Pra alimentar seus parentes.
O açude enche todo
O corrente, o riacho
Escutamos a melodia
Pois de alegria coaxam
Os sapos fazendo festa.
Mas, se a chuva for no morro,
Muita fome e desabrigo
E famílias em tormento
Por causa de suas casas,
Frio e desmoronamento.
As chuvas no Ceará,
Dependem de São José,
Fazendo muitas novenas ,
Fortalecidos na fé,
Os sertanejos esperam
Pela água que vier.
(Maria Luísa Alves, professora em Beberibe-Cascavel/Ce)