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A EFEMERIDADE DA VIDA HUMANA

A EFEMERIDADE DA VIDA HUMANA
Márcia Regina Valderamos
abr. 13 - 3 min de leitura
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E você se foi.

Seu corpo físico já não mais está.

O Sopro do Criador agora te levou para as estrelas no céu.

Parece mentira, porque, como estamos sem nos ver a tantos anos, parece que você está em sua casa, fazendo suas coisas, tocando seu dia-a-dia, como sempre

sem querer ouvir o meu nome.

Eu, daqui de longe, evitando falar o seu.

Mas, você já não está.

Você é um amigo, um amigo/ irmão com quem aprendi muito aqui na Terra.

Quando nos conhecemos eu não tinha noção do tanto que você me ensinaria,

do tanto que você significaria, significa na minha vida.

Nem sempre tivemos momentos agradáveis, felizes.

Algumas vezes nos magoamos, muito inclusive.

Agora eu sei porque:

Irmãos brigam muito quando não estão completos,

quando há tantos segredos, tantos não incluídos, tanta orfandade,

tanto abandono, tanta solidão!

Esses nossos conflitos resultam da nossa identificação com os perpetradores dos nossos sistemas: “sempre irão me abandonar”.

Agora eu sei!

Sinto muito amigo/irmão!

Me Perdoe, por favor!

Eu não fazia ideia do que sei hoje.

A abordagem sistêmica que estou aprendendo com Olinda Guedes me abre os olhos e os ouvidos todos os dias para aquilo que eu nunca quis ver, nem enxergar.

Quanto de mim você tinha!

Quanto do que eu não suporto em mim você tinha!

Quanto você via de você em mim e não gostava,

Não suportava!

Nossos lados sombrios,

indigestos,

horrendos!

Nosso lado reptiliano de ataque e defesa.

Mas, também nós nos amávamos tanto!

Mas, era amor cego, amor que adoece.

Agora não precisa mais.

Vejo, sinto e ouço,

porém, você já não mais está,

E é exatamente agora que te vejo como nunca vi,

Mas, você não está.

Sim. Eu vejo você!

Eu ouço você!

Eu sinto você!

Eu te perdoo por toda a dor que permiti que você me causasse e me perdoo por isso.

Peço seu perdão e te libero da mágoa que senti por você me preterir.

e me perdoo por ter sentido esse ressentimento.

Eu te libero e te peço que me libere.

Hoje sei quem eu sou e quem é você.

Descanse em paz bom amigo.

Você trabalhou muito e honrou os seus.

Você sofreu com muita falta de ar no final de sua vida

e me ensinou que eu preciso agradecer o ar que respiro,

olhar para a vida e dizer Sim a ela como ela é.

Assim mesmo como tudo é,

e não ficar criticando tudo e todos como nós dois sempre fizemos.

Gastamos muita energia vital, muito oxigênio precioso em vão.

Agora não precisamos mais.

Nossa missão já foi cumprida.

Gratidão amigo/irmão.

Nunca esquecerei seu humor sarcástico, sua música preferida,

seu sorriso tímido,

seu olhar profundo.

Que aí no Colo de Jesus você encontre o que sempre buscou:

Uma infância feliz e o Amor de Graça.

Se soubéssemos como somos frágeis e fortes,

como somos efêmeros e eternos,

como somos impotentes e capazes.

como somos um poço sem fundo de paradoxos,

talvez tivéssemos mais compaixão por nós mesmos e pelo próximo.

Para você, a sua canção.

 

 

 


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