PARTICIPANTE: Qual é a sua opinião sobre o princípio católico da indissolubilidade do casamento?
BERT HELLINGER:
-Considero absolutamente certo. Mas não porque seja católico, e sim, porque mostra que os vínculos são indissolúveis.
PARTICIPANTE:
-Esse princípio deveria ser uma meta?
BERT HELLINGER:
-Como meta é errado. Como descrição de um fato é correto.
A vida tem inúmeras facetas para que se possa reduzi-la a algumas poucas leis.
As ordens, às quais aqui nos referimos, não são leis no sentido de prescrições.
A árvore que cresce segue uma ordem mas não uma prescrição.
Assim que se faça prescrições, ela atrofia.
Essa é a minha atitude nesta questão.
Observam-se quais são as ordens que estão em conformidade com a vida. E então procura-se segui-las até onde se pode. E quando não se pode, adapta-se ao ambiente.
Princípios rígidos já não se mantêm em nossa sociedade. Somos alérgicos a essas ordens externas. Elas desmoronaram.
Mas as ordens fundamentais sustentantes ainda estão lá.
Com elas trabalha o terapeuta. Se ele as reconhece, então há também soluções.
Bert Hellinger
Para que o amor de certo. Página 199
Débora Carvalho