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A Paternidade Sistêmica: O campo mórfico dos pais.

A Paternidade Sistêmica: O campo mórfico dos pais.
Igor da Silveira Berned
dez. 27 - 3 min de leitura
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Há quatro anos e mais alguns meses, eu e minha companheira descobrimos que estávamos grávidos do nosso primeiro filho Sebastian Indra. Descobri que quando a mulher está gravida, o homem também está. Antes disso, eu acreditava que somente a mulher engravidava e o homem não, mas, frequentando as rodas de casais grávidos, a parteira Eliane Scheele* ensinou-me que tanto minha companheira e eu estávamos grávidos. Sem sombra de dúvidas, para o homem as transformações são diferentes. Saber que você se tornou pai muda completamente a percepção sobre a realidade e a própria vida.

Nas rodas de casais grávidos, os casais falavam sobre seus desafios, dilemas, conquistas e transformações que estavam vivendo durante a gestação. Bem, a verdade é que quem está grávido, ou acompanha de perto as famílias que engravidaram, já percebe que as transformações são muitas e acontecem a cada dia, a cada minuto e milímetro do desenvolvimento corporal da criança que está sendo formada no ventre materno. É muito amor. Essas são as forças que formam e unem cada célula no desenvolvimento de cada milímetro dos órgãos, ossos e tecidos do corpo da criança. Um amor que está acima de toda e qualquer compreensão racional que se esforça em compreender tudo o que isso pode vir a representar. Amor como milagre.

Nesse processo, tanto o homem quanto a mulher podem vir a revisitar as memórias alegres e doloridas relacionadas ao modo como as suas gestações foram conduzidas pelos pais do casal. A situação cotidiana de gestar uma (ou mais) criança(s) potencializa a sensibilidade e vulnerabilidade dos pais diante das emoções que, até então, estavam adormecidas nas informações do campo mórfico do casal.

O campo mórfico, segundo Rupert Sheldrake, são as memórias que os descendentes recebem dos seus ancestrais, sejam eles seres vivos ou não. Isso significa afirmar que os acontecimentos que geraram um ser ou um objeto e o afetaram durante a sua existência podem vir a estar presente no corpo dos descentes ou dos objetos que vieram depois dos seus ancestrais.

Esse campo que está presente no corpo tanto da mulher e do homem manifesta-se na medida em que a formação do corpo da criança está acontecendo.  

E para o homem a gestação é um processo diferente, sim, com certeza, em relação a sua companheira. As alegrias e tristezas vividas pela mãe do homem, enquanto ele estava no ventre e as memórias do modo como sua mãe relacionava-se com o seu pai surgem e é preciso viver o que há de bom e alegre nisso e também buscar curar as suas feridas, celebrar as memórias e mudanças que favoreceram a vida. Nesse sentido, o trabalho de um terapeuta torna-se fundamental, tanto para o homem quanto para mulher a fim de que essa família possa vir a resignificar as suas feridas ao estarem sendo apoiadas e acolhidas por um profissional que possa vir a estar atento e disposto a atendê-los e colocar-se a serviço da vida do casal e da criança.   

Rede social de Eliane Scheele 

https://www.instagram.com/elianescheele/

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