AULA BÔNUS 13/02/2021 - CONSTELAÇÕES ÉPICAS
“Quantos anos você tinha quando seus pais nasceram para você?”
O dia que ouvi a Mestra amada fazer essa pergunta pela primeira vez fiquei do mesmo modo que fiquei quando aprendi que em primeiro lugar devo dizer “SIM” para a vida como ela é. Pensei: “Como assim aceitar essa vida que tenho como é? Eu não suporto viver assim. Eu nunca quis viver.” Essa foi minha primeira reação. Como posso dizer “SIM” para pais que nunca conseguiram demonstrar amor de graça?
Hoje, durante mais essa aula/terapia preciosa, eu tive tantas compreensões!
Minha alma começou a ser atendida já na introdução da Mestra, no canto/oração da Susy, nas palavras/bênçãos/oração da irmã Neiva. Mulheres maravilhosas que me tomam sempre pelas mãos e me encaminham aonde tenho que chegar.
Na meditação encontrei meus pais diferentes; eles sorriam calma e profundamente, enquanto eu, atendendo a Mestra, fazia o mesmo também, respirando. Quando olhei para eles e para os meus antepassados eu fiquei tão agradecida, meu coração se encheu de tanto amor, de tanta compreensão, de tanta compaixão!
Eu fui caminhando por entre as fileiras e reverenciando a cada um deles e agradecendo, agradecendo, agradecendo! Eu via um leve sorriso nos rostos daquelas minhas avós amadas e os meus avôs, mesmo os que estavam de cara fechada, tinham um olhar de doçura, de aceitação.
Eles me receberam e eu a eles! Nos comunicamos pelo olhar e pelo amor que transborda até agora em meu peito.
Foi lindo demais.
Eu fui bem longe, caminhando,via o céu azul lá no fundo e não acabava mais aquelas fileiras de gente, minha amada gente, e, de repente, comecei a voltar. Notei que tinha uma pequenina menininha segurando na minha mão direita. Uma mãozinha tão macia, tão gostosa!
Eu me vi como sou agora e olhava para ela e ela retribuía meu olhar com um sorriso. Tão linda! Até um certo ponto a garotinha era uma avó lá do passado distante, não mais que de repente ela já era eu.
Fiquei emocionada demais! Eu sou uma delas, pensei!
Aí percebi que andávamos por fora das “asas do anjo” formadas pelos meus amados, do lado direito, e quando chegamos ao lado do meu pai, minha mãe se aproximou dele e nós quatro ficamos juntinhos, abraçados em silencio e eu senti que meus pais brotaram de dentro da minha alma.
Hoje, quando faltam 9 dias para que eu complete 63 anos, meus pais nasceram para mim, brotaram da minha alma.
Constelei a aula inteira! Ficou tudo tão claro, nítido repentinamente, como um raio de luz descendo do céu enquanto minha amada Olinda falava.
Agora eu sei que sempre quis essa vida. Eu quis nascer nesse meu corpo, eu quis vir através de meus pais. Fui eu quem os escolhi. Compreendo agora que eles não estavam preparados e só puderam me dar o que tinham, mas que me deram o principal, o mais valioso, o que eu lhes pedi: A minha vida. Me possibilitaram viver nesse mundo, do jeito que eles podiam.
Agora eu sei que lutei contra a morte, contra a rejeição, contra o pavor, o abandono, a orfandade, contra o ódio, contra a agressividade, porque sou resiliente e quero sim viver.
Nada disso de “não queria ter nascido”. Sempre quis nascer.
Meus pais me permitiram e devo muito a eles. Lhes sou muito grata. Sinto muito por tanto julgamento, mas eu não sabia. Agora sei.
Prossigo com o que eles no meu coração, num lugar de honra, onde tenho também todos os que os antecederam. Levo comigo o que me deixaram de melhor. Sou grata a todos os meus amados que permitiram que a vida chegasse até mim, mesmo com tanta coisa contra.
Eu os amo tanto! E amo tanto minha Mestra Olinda e toda a Escola Real!
Gratidão Senhor Deus! Gratidão a todos.