Nessa aula ficou claro para mim o que é estar em estado de presença.
Durante todo o tempo, mesmo antes da aula ter início, enquanto esperávamos pelos colegas, a amada Mestra Olinda Guedes manteve-se concentrada, voltada para o aqui e agora e em contato com o Campo o tempo todo.
Percebi que ela via e ouvia a tudo e a todos, mas que estava como que em missão. Claro que ela sempre está, mas ali vi algo muito além do comum. Quando a aula começou, a sua fala me revelou que a minha percepção estava correta.
Nesta aula-terapia aprendi a necessidade de reverenciar os valores humanos, valorizar o tempo e a vida que temos, bem como as possibilidades de conhecimento, sabedoria e progresso, respeitar nosso corpo, nossa saúde.
Durante a meditação introdutória eu vi e senti a minha família com muita força. Cheguei a tocá-los, de tão juntos que estávamos.
Atendendo ao pedido da Mestra, escrevi no meu caderno a frase que me veio durante a meditação: “A liberdade está em ser você mesma”.
Na constelação da colega, que tão gentilmente nos proporcionou esse momento de cura, senti o meu povo indígena, pois sou descendente de índios bugres do interior de Minas Gerais por parte da vovó paterna. Eu vi a dor e o sofrimento, mas também vi a força e a resiliência do sistema dela, do quanto ela tem sido amorosa e leal a eles. Fiquei comovida com o tanto de amor a ponto de paralisar e desviar caminhos.
Como nos ensina a mestra: O mesmo amor que adoece é também o amor que cura. Muito temos em comum também nas conquistas devido a toda essa dor. Agradeço muitíssimo a todos os seus que te trouxeram até nós, querida colega.
Honro a todos eles que permitiram que você se tornasse essa mulher guerreira, resiliente, vencedora e defensora da vida.
Hoje todos podemos ser felizes e prósperos.
Relembro aqui a frase que me veio na meditação e que, de alguma forma está na bandeira do estado de Minas Gerais, terra dos pais da constelada e do meu pai também:"LIBERTAS QUAE SERA TAMEN" (Liberdade ainda que tardia).
Hoje sabemos que nunca é tarde para sermos livres e felizes! Gratidão.
Fiz essa pesquisa sobre como era comum, normal, ético e considerado necessário do ponto de vista social e religioso, aprisionar, humilhar, escravizar, torturar e matar os povos indígenas e afrodescendentes, com a justificando que os mesmos não se submetiam e não se deixavam dominar facilmente.
Saibamos que todos os seus direitos humanos e de propriedade eram desrespeitados pelo chamado homem branco que “só estava querendo ensinar o que era certo para aqueles povos gentis e selvagens e povoar os mais distantes rincões do Brasil com fazendeiros de bem da época.” (a frase é minha).
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-87752006000100011
Sobre “Minha avó foi pega a laço”:
https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/778/o/LC_MIRNA_ANAQUIRI_IISIPACV2018.pdf
https://heloisatolipan.com.br/tv/a-expressao-pega-no-laco-e-o-estupro-naturalizado-na-nossa-cultura-diz-vera-de-paula-produtora-da-serie-o-que-querem-as-mulheres/
Sobre a população indígena mineira:
http://www.descubraminas.com.br/minasgerais/pagina.aspx?cod_pgi=1814
CONSTELAÇÃO NA ÁGUA DO DIA 18.11