Participar das aulas com a minha amada Mestra me traz sempre tesouros, preciosidades.
No dia 15/12/2020, uma terça-feira de aula ao vivo, a Masterclass em Terapia de Relacionamento, para milhares de pessoas daqui do Brasil e do exterior, não podia ser diferente, superou todas as minhas expectativas.
Sendo a última terça-feira desses nossos encontros devido ao calendário de fim de ano, sem nenhuma perspectiva, pelo menos na minha família, de um encontro de abraços, tive a experiência amorosa e espiritualmente rara de encontrar meus amigos virtuais da Escola Real em uma Constelação de Conquistas, Vitórias e Milagres, da colega Najla.
Se Deus quiser ainda vou abraçar e beijar muito essa querida porque eu sempre a admirei muito desde que a vi pela primeira vez durante o curso.
Quando leio os seus textos postados percebo, sem nunca ter falado com ela sobre, a sua força guerreira, de coragem, de garra, cheia de vitalidade para vencer as dificuldades da vida.
Sobre esse tema, atualmente leio "Renascer: Um processo de amor", de Mamede Alcântara. Trata da técnica da Constelação Sistêmica de uma forma completa distinta.
Najla e sua mãe, representadas nessa constelação, demonstraram o quanto é dolorido estar a serviço. Como todos nós, seres humanos, estamos para os nossos sistemas e o quanto o amor cego, a lealdade e o desejo de pertencer podem nos fazer doentes, infelizes e nos afastar de quem amamos.
Em consequência, não nos permite nem ao menos que nos reconectemos com a nossa essência, com nossos sentimentos e com nossas necessidades. Sentimos, enquanto humanos, coisas que geralmente procuramos não expressar por nos causar culpa e dor. Ao reprimimos tais sentimentos, que são expressões de nossas almas, adoecemos.
É preciso coragem para declara-los a nós mesmos, quanto mais em uma constelação em grupo, on line, aberta ao público. Najla fez isso, trabalhou, perseverou e nos ajudou a aprender mais um tanto sobre o que é sentir.
Aprendermos que quando não damos um lugar no nosso coração, não nos conscientizamos que, apesar de não aprovarmos, sentimos com justa razão raiva e desejos de vingança para com o outro a quem, ao mesmo tempo, amamos muito.
Aprendemos também que esses nossos sentimentos merecem nosso respeito, pois são consequências da rejeição e do abandono a que fomos submetidos em algum momento por aqueles que deveriam ser nossos guardiões, nossos incentivadores, nossos pais protetores.
Vimos que, se lutarmos contra esse sintomas reprimindo-os, não levando a sério tais carências, evitando expressá-las e tentando esquecê-las, nada disso desaparece, ao contrário, se tornam cada vez mais fortes, mais poderosas, e atacam a nós mesmos, colocando em alerta todos os nossos “soldadinhos de defesa”, os antialérgicos, os hormônios, os receptores neurológicos, todos os defensores de ataques externos que nosso organismo possui e nos fazem sentir irritações e coceiras, tremores, desequilíbrios, esquecimentos, confusões, atordoamentos, etc.
Nosso organismo usa de qualquer desses recursos e outros tantos para nos sacudir e nos lembrar da importância de olharmos e honrarmos algo ou alguém excluído, esquecido, abandonado em nós mesmos e/ou no nosso sistema.
Podemos estar identificados com quem mais nos irrita e com essa pessoa, lutarmos pelo mesmo fim: inclusão. Afinal, nada nem ninguém pode ficar fora. Todos e tudo pertencem e quando a ordem é desrespeitada, a lei da compensação não é obedecida e a vida cobra reparação.
Quando um acontecimento aterrador como um assassinato na família ocorre e o segredo é guardado, como comumente se faz nas famílias, alguém em alguma das gerações posteriores sofrerá as consequências no próprio corpo, com tremores que podem ser até o chamado “doença ou mal de Parkinson”, e também transtornos emocionais, com a finalidade de reparar, redimir.
Esse ciclo se repete até que alguém corajoso como essa nossa amada amiga decida enfrentar e enxergar tudo e todos.
Só conseguimos nos conscientizar de todos esses sentimentos, dessas sensações e emoções que nos corroem, nos matam aos poucos, se os sentirmos no nosso corpo físico, nosso grande aliado, que permite que nos conectemos aos sintomas e doenças, nossos amigos, anjos mensageiros, que nos alertam para o que deve ser constelado, completado e curado.
Temos a prova em cada constelação e ontem vimos novamente que milagres existem, precisamos arregaçar as mangas e lutar por eles, com nossos transtornos, sintomas e dores como aliados, como irmãos, como aprendemos aqui no Saber Sistêmico, na Escola Real de Olinda Guedes.
A maioria não faz como nossa valente amiga que constelou um tema tão complexo. Vai “empurrando com a barriga “ e não vive. A vida não desiste, não esquece; exige reparação, reequilíbrio, ordem e cobra com punições severas aos que não cumprem suas leis!
Tivemos nessa constelação, mais uma vez, a prova de como nossa criança interna é leal, ingênua e ama puramente, não importando nossa idade! Como somos capazes de desenvolver um sintoma grave, fatal, até para incluir nossos amados, reconhecer os que foram excluídos, esquecidos, abandonados e reviver a dor mortal dos que sofreram trágicos fins, até que sejam reconhecidos e honrados!
Quanta dignidade da amada colega constelada, a linda Najla, que busca, desde que foi concebida, a cura para os terríveis e desesperadores momentos vividos por seus antepassados!
Com toda a sobrecarga e descompensação que pudesse haver em sua saúde e em sua vida para dar oportunidade e deixar vir à tona o necessário para que os milagres de cura ocorressem em sua preciosa vida e nesse sistema a que ela sempre quis pertencer ela lutou bravamente!
Você conseguiu sua linda! Parabéns e Gratidão. Como sempre lembra nossa amada Mestra: O amor sempre traz de volta.
O milagre se fez!
Muito honrada de participar de mais esse momento divino como os que Olinda Guedes nos proporciona durante esses cursos-terapia com ela. Gratidão amiga Najla por ter permitido minha participação e aproveitamento nesse caminho de luz que você trilha.
AULA MASTERCLASS - 15/12/2020