Para mim todas as constelações são sagradas. Essa que conduzi dia 08/10/21 foi muito abençoada, inclusive uma das representantes que inicialmente trouxe os sintomas, no final foi renomeada para Bênçãos do Espirito Santo de Deus. Lindo demais!
Me senti mais uma vez muito honrada em servir a nossa colega A (a chamo assim para preservar sua identidade) e a todo o seu valoroso sistema.
É sempre desafiante colocar em palavras o que ocorre durante uma constelação de tão magnifico que é, mas vou tentar aqui.
Como tudo e todos sempre nos trazem informações valiosas, o que foi lembrado pela Sizumi, antes mesmo da constelação, sem saberem qual seria o tema que foi irritabilidade, a condução da Sizumi durante o exercício sistêmico nos levou a calma, a interiorização, ao estado de presença e uma colega perguntou a Sizumi sobre a cura da criança interior e expressou suas dificuldades de compreensão e de se deixar levar nesse movimento.
Por isso a Mestra Olinda Guedes nos ensina: “Não andemos distraídos”.
O que mais o Campo mostrou foram as dores, os sofrimentos das crianças e das mulheres do sistema e de como o masculino tinha dificuldades de assumir seu lugar de pai e ser validado ali pelas mulheres e isso refletia em como os filhos, as crianças enxergavam ou não essa figura paterna.
Lembrando que quem hoje é adulto já foi uma criança e que essa criança permanece internamente em cada um, independentemente da idade cronológica da pessoa, trazendo suas feridas que passam de geração para geração, até que alguém olhe para elas e as traga à luz para a cura, como fez nossa querida A.
Como nos ensinam sempre as nossas amadas Olinda, Susy Guedes e Sizumi, nossas mestras, para que alguém seja curado é preciso que essa pessoa venha a público e coloque a sua dor, o seu tema, que geralmente é o tema da grande parte de todos nós.
Por isso, considero que pessoas como A estejam, não somente a serviço do seu sistema, mas também a serviço de todos nós que estivermos com nossos corações abertos para receber as curas que sempre reverberam.
E foi muito providencial que tenham aparecido crianças e suas dores para serem trabalhadas exatamente nesse mês que festejamos também o dia das crianças.
Além das crianças, o Campo mostrou também os sofrimentos do feminino, do masculino, as dificuldades do relacionamento entre os pais, dos filhos com os pais, principalmente com a mãe, de quem os filhos esperavam mais demonstrações de afeto e atenção, capacidade essa que a mãe não podia ter.
Só pode dar amor, olhar com amor, quem teve esse amor. Só se dá aquilo que se tem e essas mães, como o Campo mostrou, não receberam e estavam com seu corpo de dor latente, portanto, não podiam dar afeto, atenção.
Aprendemos com a abordagem sistêmica que a origem das doenças estão nos relacionamentos disfuncionais, mas que também a cura pode vir da resolução desses mesmos relacionamentos, cura essa que é feita de modo interno, no coração da pessoa que sofre, e as constelações conduzidas como nossa Mestra Olinda nos ensina, possibilitam esse movimento de reequilíbrio e cura.
Outro dado importante a se considerar como informação do Campo, é que, esse mês em que aconteceu essa constelação, o mês de outubro, é o mês em que se trata da prevenção do câncer de mama da mulher, de onde vem a nutrição para os filhos e é a amamentação no peito o momento em que a mãe e o filho interagem mais intimamente e onde a atenção da mãe deveria estar focada no bebê.
Me veio do Campo também o fato de que dia 10 de outubro, dois dias após essa constelação, se comemora o dia mundial das doenças mentais cuja dinâmica sistêmica é que esses sintomas trazem para o aqui e para o agora, situações que realmente aconteceram em outras épocas no sistema e que precisam ser olhadas, serem reconhecidas e incluídas pelo constelado.
Sistemas familiares onde os filhos não têm a atenção adequada de suas mães tem grande probabilidade de gerar pessoas disfuncionais e doentes e o Campo mostrou nessa constelação que as mães não olhavam para seus filhos, os quais buscavam esse olhar.
Enquanto crianças totalmente dependentes, sem prontidão neurológica, essa orfandade funcional faz muita falta durante a primeira infância e até os 18 anos para todos nós, seres humanos.
Contudo, como A já é adulta, agora pode ela mesma dar a si uma mãe interna que lhe dê o que precisa, ela própria pode se dar o que lhe faltar hoje e isso foi feito em sua constelação. Agora A não precisa mais se irritar com o que a mãe não pode lhe oferecer.
O que cura é o filho adulto olhar para a mãe, para o pai, como pessoas, como todos os humanos, com suas qualidades, virtudes e seus defeitos, suas incapacidades. Só uma criança espera algo, tem expectativas em relação a mãe e ao pai. Adultos funcionais sabem que as pessoas, pais e mães também, são como são.
Quando, durante a constelação de A, esse movimento foi feito pelas crianças do sistema e pelos filhos nascidos e não nascidos, quando esses reconheceram que também as mães tem suas dores, seus sofrimentos, as Bênçãos surgiram e a cura se fez. A leveza chegou, o sistema ficou em paz.
Como a querida A irá fazer aniversário por esses dias, ouvimos a maravilhosa voz da nossa Susy numa linda fala, que é sempre uma oração, e também num cântico Divino, parabenizando A.
Foi maravilhoso e emocionante!
É muito lindo e curador esse servir.
Momentos preciosos! A Mestra Olinda Guedes sempre nos diz e é verdade, que quando nos colocamos a serviço do próximo e em estado de presença nossas dores são curadas.
Eu me senti bem mais fortalecida com essa constelação e agradeço muito a A e a todo o seu sistema, aos representantes e colegas da plateia, e as Mestras Olinda, Susy e Sizumi.
Gratidão Deus por eu estar na Escola Real!