Em muitas famílias, uma criança é precocemente separada da mãe, por exemplo, quando precisa ser internada e a mãe não pode visitá-la.
Às vezes, essa separação acontece logo após o nascimento, por exemplo, quando o bebê é prematuro e precisa ir para a incubadora.
Partos por cesárea também são uma separação precoce.
A criança registra essa separação como uma dor profunda.
Se essa experiência ocorre até seus cinco ou seis anos de idade, a criança muda depois dela.
A dor frequentemente se transforma em raiva ou desespero e, quando a mãe retorna, a criança a rejeita, pois se lembra da dor que sofreu.
A mãe pode pensar que ela fez algo errado e também se retira. Desta forma, ambas não se encontram mais realmente. Isso também se repete na vida adulta.
Quando ocorre uma interrupção tão precoce do movimento, principalmente em direção à mãe, mas, às vezes, também ao pai.
Essa criança, mais tarde, não se aproxima de pessoas. Ela teme a proximidade.
Sempre que tentar ir em direção a outra pessoa, ela se lembra da dor que sofreu no passado e interrompe o movimento novamente.
Ela recua, se afasta e volta para o mesmo ponto, sem realmente conseguir avançar e ir em direção à pessoa.
Qual a solução? Em uma constelação, se retorna à situação do movimento precocemente interrompido e ele é levado ao seu destino.
(Sophie Hellinger - A Própria Felicidade Vol II pag 102 - Tagore Editora)