Semana passada falei aqui sobre o “Grande Jogo da Vida”, o maior de todos os games já idealizados, do qual somos todos players e entusiastas. Um jogo tão bem concebido, tão arraigado, que se confunde com a própria realidade, com a nossa própria vida.
Quem já assistiu o filme Matrix lembra da cena onde o protagonista, Neo, é convidado a escolher entre continuar no jogo ou a abandoná-lo para viver sua missão no mundo real.
The Matrix, “O Grande Jogo”
Assim como no filme, temos todos o poder de fazer essa escolha. Então por que a maioria das pessoas continuam escolhendo (ou não) permanecer como e onde estão?
Acredito que sejam duas as principais causas:
- Por mais que possamos estar dispostos a esperar, ninguém aparecerá com uma infalível “pílula mágica” que nos leve num piscar de olhos de um lugar para o outro. Nos dizeres de Nathaniel Branden, maior autoridade em auto-estima que conheço, “no one is coming” (ninguém virá). Toda mudança demanda escolhas, atitudes e ações concretas, todas elas indelegáveis;
- Carregamos a equivocada percepção de que mudar envolve um caminho radical e sem volta, uma guinada de 360º capaz de resolver todos os aspectos de nossas vidas de uma única vez. A mudança necessária parece tão grande que desistimos do desafio antes de começar. Poucos percebem que são através das pequenas ações que a verdadeira mudança acontece.
Na teoria do caos, o efeito borboleta se refere a sensível dependência que qualquer resultado tem das condições (ou ações) iniciais. O bater de asas de uma simples borboleta poderia influenciar o curso natural das coisas, quem sabe provocando um tufão do outro lado do mundo ou em outro tempo.
O mesmo efeito têm pequenas mudanças no processo de transformação de nossas próprias vidas.
Semanalmente vou trazer aqui breves reflexões sobre algumas das mais testadas intervenções, ligadas a gratidão, flow, gestão de tempo, relacionamento, comunicação, produtividade, resiliência, capazes de fazer o papel da borboleta no tufão de transformação que queremos em nossas vidas.