Amigos, depois que a criança nasce, estar a sós mãe bebê, o pai e irmãos, é fundamental, é um tempo de entrar na caverna, as visitas devem ser curtas e mesmo não fazê-las é recomendável. Há uma vida inteira pela frente, para muitas e felizes interações da família com os amigos.
Cada pessoa traz uma multidão de memórias do seu próprio nascimento, é muita gente para um quarto, sabemos que pensamento se materializam. Normalmente em críticas, comparações, desqualificações.
Há sempre frases do tipo “eu pari 3, estão todos com saúde”, o que justifica dizer algo como “seu leite é fraco”, afinal em 1911 foi obtido o leite em pó, iniciando-se aí a era do aleitamento artificial.
No início do século XX, e durante muitos anos, a ênfase na alimentação infantil estava em acordo com a ideia vigente de quantidade e tal abordagem foi logo considerada mais precisa, já que refletia uma abordagem quantitativa e, portanto, mais “científica”.
Mesmo depois de Eva Reich ter provado, vendo em microscópio eletrônico que o leite materno tem luz, e o artificial é preto.
Mesmo sabendo que o campo morfogenético da mãe e do bebê é o mesmo e que a mãe produz leite na necessidade do bebê a cada minuto.
Ela, a puérpera, está conhecendo profundamente alguém que será para sempre seu filho, é o único vínculo humano a que se aplica o advérbio "sempre."
Está também vivendo aquele tempo de sua vida.
A prioridade é esta intimidade cheia de esperança e histórias conscientes, e grande parte inconscientes, talvez o momento mais agudo da vida, onde se faz presente a própria ancestralidade.
Portanto, diante de tantas demandas próprias e únicas desse tempo da vida da mãe, a sociabilidade, a cortesia de mesa aos convidados, são irrelevantes, bem podem esperar.
Ao tornar-se mãe, a mulher é equipada com poderes transcendentes, cujo leite pode curar otite, conjuntivite, de qualquer pessoa; ela pode ungir com seu leite os chacras de seu bebê e protegê-lo dos maus pensamentos (a coroa, o cardíaco, e o plexo solar), evitando cólicas.
O quarto onde uma puérpera está é um sacrário, sagrados são a mãe e o bebê. Portanto, a postura respeitosa, reverente, silenciosa, constitui na única atitude adequada para se aproximar desse ambiente.
Ninguém deve se habilitar a segurar o bebê, não é brinquedo, é como rara peça em museu: “não toque”.
A mulher em sua jornada eivada de espantos, especialmente, pois muitas vezes não se viu importante e agora o cosmo diz a ela: Você é divina, é um momento de estar em suspenso diante de si, do mistério que está nos seus braços.
A sociedade precisa respeitar este sacrário, para mudar a história humana.
Beijos.
Eleanor*
#Gestação
#Puerperio
#Respeito
Débora Carvalho
Pedagoga, Psicopedagoga, Terapeuta, Mestre em Reiki, ThetaHealing, Constelação Familiar.
*Eleanor Luzes - autora de Ciência do Início da Vida.