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Nossa mãe

Nossa mãe
Débora Carvalho
fev. 11 - 3 min de leitura
010

A relação mais profunda que vivenciamos em nossa vida foi e é a relação com a nossa mãe, que em seu ventre, nos deu a vida.

E isso não é tudo. No interior de nossa mãe, quando ela, junto com o nosso pai, trouxe-nos à vida, começando pelo óvulo fertilizado pelo nosso pai em seu ventre, passando pela longa gravidez, na qual nos desenvolvemos em seu útero, na mais profunda sintonia com ela. Nove meses, até nos tornarmos uma criança completa, pronta para o nascimento e para a separação dela, para ver a luz do mundo como ser completo e respirar pela primeira vez como recém-nascido.

Onde fomos parar após o nosso nascimento? Em seu seio. Lá, bebemos, como primeiro alimento para o nosso próprio sistema circulatório, seu leite, vital para nós. Onde se pode ver o milagre da vida de forma mais misteriosa e grandiosa que nessa unidade com a mãe, desde o começo e de abrangência total?

O que permanece e resta disso mais tarde, à medida que, passo a passo, separamo-nos dela e de nosso pai, para nos tornarmos independentes? Ao deixar para trás o seio de nossa família para nascer na amplidão do mundo? Será que perdemos nossa mãe e, com ela, nosso pai? Será que, às vezes, perdemos também nosso amor por eles e seu amor por nós? Será que levamos conosco o seu amor nesse segundo nascimento e em nossa vida independente deles? Ou será que rejeitamos esse amor? Por exemplo, através de acusações por meio das quais nos sobrepusemos a eles, como se fôssemos os grandes e eles estivessem numa posição inferior?

Enriquecemos internamente por meio dessa maneira de tornar-se independente e ser independente? Ou nos tornamos miseráveis e pequenos? Será que nos tornamos realmente mais valorosos para a nossa vida de adulto e preparados para retransmitir a vida no sentido completo? Será que algo se colocou entre nós, talvez uma separação dolorosa dela e de nosso pai, que acabou com a nossa felicidade original que pudemos vivenciar com eles? Será que fomos confrontados muito cedo com o outro lado de nos tornarmos crescidos e com a seriedade da vida? Será que lamentamos a perda desses primeiros tempos felizes e nos esquecemos do que havia de grande e profundo antes?

De que falei aqui? Que experiência nos aguarda mais cedo ou mais tarde, para alguns de nós de forma mais árdua, para outros, mais suave? Falei da separação e da dor que acompanha essa experiência. Ainda há algo sobre o que refletir. Nossa relação com nossa mãe continua em nossas relações com outras pessoas. Principalmente em nossa relação com o nosso parceiro e com os nossos filhos. Ela também continua em nosso trabalho e em nossa profissão.

Se, na relação com a nossa mãe, tiver ocorrido um evento que nos tenha separado dela, mesmo que por um curto tempo, permanece uma dor que nos aflige por toda a vida. Ela nos aflige nas relações com outras pessoas e nas expectativas que temos com relação a elas.

 

Livro: A Cura de Bert Hellinger página 34/36


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