O amor é uma presença de fundo, não é um sentimento e, sim, uma atitude. É a aceitação incondicional e agradecida do outro tal como é. É “Eu te tomo tal como é. Obrigado por me ter sido presenteado. Obrigado por ser como é.”.
Aprendemos o amor com os pais. Tudo o que nos separe do amor incondicional aos pais, irá se interpor entre nós e os outros. Se houve “movimento interrompido do amor” para o pai ou a mãe, haverá, também, para o parceiro.
O amor é aprendido e reparado com os pais. Quando o nosso amor para os pais fluir, fluirá, também, para os outros.
A paixão é cega, não nos permite ver a outra pessoa, somente vemos o que precisamos, o que projetamos. A paixão é um impulso que não podemos controlar, que vem de longe, vem da necessidade de nosso sistema familiar de curar ou compensar algo, graças a esse outro que nos está atraindo.
A paixão é a primeira etapa, durante a qual a pessoa está tomada por um movimento sistêmico instintivo totalmente a serviço da vida
Mais tarde, chega o amor à segunda vista. Para isso, geralmente os dois apaixonados começaram a viver crises que os aproximam da realidade. A cegueira desaparece e, finalmente, se veem um ao outro. É quando, então, o casal desaparece ou se formaliza. A pessoa, por fim, descobriu como o outro é: alguém tão imperfeito como ela mesma, que não corresponde, em nada, com o ideal de parceiro que havia forjado. No fundo, esse ideal é sempre uma projeção da mãe, nem sequer da mãe que tivemos, mas sim, de uma mãe ideal…
O amor à segunda vista é um amor adulto que toma o outro como é, renunciando que o outro se encarregue das minhas necessidades. Pouco a pouco, a pessoa se dá conta que parte destas necessidades poderá ser atendida pela relação e grande parte não… A pessoa assumirá a responsabilidade pelas suas carências e pela sua cura.
As três palavras chaves do amor no casal são: sim, obrigado, por favor.
Sim, te amo e te tomo tal como é,
Obrigado por ser como é, obrigado por tudo que me deu,
Por favor, te preciso.
A relação de casal se baseia em “te tomo tal como é”, e a vida em sociedade se baseia no respeito à diversidade de cada um “obrigado por ser como é”.
Artigo de Brigitte Champetier de Ribes
Débora Carvalho
Pedagoga, Psicopedagoga, Terapeuta, Mestre em Reiki, ThetaHealing, Consteladora Familiar.