Você já sabe responder essa pergunta?
Nossos pais estão em nós! Em nosso ser. Nos sete octilhões de átomos, pai e mãe. Onde quer que sejamos, ali eles estão! Quero dizer, aqui! Aqui no corpo!
É correto afirmar que está só. Sempre somos pai, mãe e algo mais, nossa individualidade, nossa singularidade. Assim o todo é maior que a simples soma das partes. A abordagem sistêmica fenomenológica considera esta condição extraordinária, de que não somos apenas um ser com um sobrenome, com um título, com dificuldades e sonhos e potencialidades.
Somos muito mais que isto! Somos o sonho de muitas gerações que vieram antes de nós. Estas gerações continuam através de nós. Quando nos lembramos disso, é como um milagre, porque nós saímos de uma dimensão de separação, de divisão e adentramos na condição extraordinária de sinergia de sistema.
Se o fluxo do amor foi interrompido na infância, o adulto espicha, mas não cresce. Como dizia uma querida professora, "faz aniversários", entretanto, não amadurece. Permanece criança esperando o amor chegar.
A paz acontece como consequência da reconciliação entre pais e filhos. Da gratidão para com os pais pela vida que foi entregue. Quem exige dos pais, não está em paz, está impedido de ir para frente, de ser feliz.
Sobre a gratidão é bom lembrar; sua morada é no coração. Então, você não precisa esperar, nem um minuto para fazer vibrar, em seu coração, as cordas da gratidão para com seu pai e sua mãe. Pela sua existência, pela vida que você recebeu deles!
Um trecho do livro: O que traz quem levamos para a Escola?
Autoria: OLINDA GUEDES