"Muitos pais se preocupam com seus filhos. Alguns então, vem a mim com os seus filhos. Com quem eu trabalho, então? É claro que com os pais. As crianças carregam algo para seus pais. Quando eu finalizo o trabalho com os pais, as crianças seguem então bem.
Muitas mães têm uma relação especial com a filha, com uma de suas filhas. Esta filha tornou-se muito difícil. Por quê? Porque esta filha deve representar a mãe da mãe. Então a mãe espera de sua filha a mesma coisa que esperaria de sua própria mãe. Desta forma a filha se preocupa e cuida de sua mãe, ao invés da mãe cuidar e se preocupar de sua filha. Isso acontece quando a mãe não reconheceu e atentou à sua própria mãe, onde ela não tomou algo de sua própria mãe. Em seguida, esta dinâmica se desloca para a criança.
Quando uma mãe vem a mim com uma criança e me pede para fazer algo pela criança, eu sempre faço algo para sua mãe primeiro. Em seguida, a criança fica aliviada.
Recentemente, uma mãe veio com seu filho de cinco meses de idade, e sentou-se ao meu lado. Ela manteve o filho em frente ao seu estômago. Eu disse-lhe: "Olhe através da criança, olhe para o além dela... olhe para muito além desta". Então a criança (cinco meses) respirou profundamente - olhou para mim e sorriu.
Assim, muitos pais que estão preocupados com seus filhos podem olhar para além das crianças, para o destino distante destas e, aceitar esse destino. Os pais de fato não possuem nenhum poder sobre o destino. Mas muitas vezes eles se comportam como se tivessem esse poder. Desta maneira, eles intervêm no destino da criança, ao invés de aceitar e respeitar o destina tal como é."
Bert Hellinger
(Tradução livre por René Schubert)
Débora Carvalho
Pedagoga, Psicopedagoga, Terapeuta, Mestre em Reiki, ThetaHealing, Consteladora Familiar.