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PEDAGOGIA SISTÊMICA - EXERCÍCIO DE PERTENCIMENTO

PEDAGOGIA SISTÊMICA - EXERCÍCIO DE PERTENCIMENTO
Isabel Dias
mai. 7 - 5 min de leitura
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Há tempos venho querendo compartilhar o que tenho vivenciado, aprendido e experimentado depois de ter conhecido a Educação Sistêmica, e como esta nova visão tem tido um papel importante na minha vida profissional e como estas experiências têm influenciado na minha vida pessoal.

Desde a infância, o meu sonho era ser professora e me orgulho da profissional que me tornei. Sou dedicada às minhas responsabilidades, preocupada em formar pessoas e não apenas ministrar conteúdos, para que meus educandos possam ser capazes de refletir e posicionarem-se com consciência em cada situação que se depararem na vida.

No começo, trabalhei apenas com a Educação Infantil e acreditei que havia realizado o sonho há tanto tempo acalentado. O tempo me fez ver que era apenas um início de um ciclo e muitas experiências ainda me aguardavam.

Enquanto “tia” dos pequenos, eu me sentia muito bem. Devido à minha timidez, o contato com os pequenos, evitava a minha aproximação dos adultos. Estava dentro da minha zona de conforto. Quando estava com as minhas turmas de Educação Infantil, sentia-me criança como eles. Curtia as músicas, as brincadeiras, as atividades e me rendia a este mundo de fantasias que é a infância. Como eu me encantava com cada descoberta e desenvolvimento daquelas “pessoinhas”!

Durante minha caminhada profissional, me deparei com uma turma de segundo ano, com alunos que traziam de casa conhecimentos, valores, atitudes, vocabulário muito diferentes da primorosa educação que recebi dos meus pais. Foi desafiante lidar com esta realidade tão distante da minha. Realidade que não pertencia apenas às crianças, mas também a toda uma comunidades em geral, composta de pessoas em situação dos mais variados tipos de sofrimento. Crianças com dificuldade de aprendizagem, disciplina e socialização. Comecei a lecionar nessa turma, em substituição a uma professora muito querida pelos alunos, que logo começaram a fazer comparações entre o meu trabalho e o dela. Começaram as resistências às práticas por mim sugeridas.

Após dois meses com este segundo ano, fui convidada a assumir um quarto ano nesta mesma escola. Amigos... se a turma anterior me desafiou, imagine esta! Alunos, na sua maioria, indisciplinados dentro e fora da sala de aula. Desrespeitosos com a professora e com os seus pares. Desinteressados pelos conteúdos. Resistentes a qualquer forma de carinho ou comando que viesse de minha parte.

E foi buscando uma maneira de melhorar meu relacionamento com essas turmas que cheguei à Pedagogia Sistêmica, e com ela aprendi que era apenas a professora daqueles alunos. E eles apenas meus alunos. Aprendi que cada um tem os pais certos para eles e que eu deveria aceitá-los sem julgamentos ou comparações. Com estes papéis determinados, minha vida profissional tomou um novo direcionamento. Refletindo, observei que muito da Pedagogia Sistêmica já fazia parte da minha prática profissional.

Na minha vida pessoal, reforcei a importância dos antepassados na minha vida. Percebi que, o que eu me transformei hoje, vem da força que eu recebi dos meus pais. Honro e acolho-os, com mais consciência. Descobri o meu lugar na minha linda e imperfeita família, mas muito amada.

A aplicação da Educação Sistêmica foi fundamental para que eu continuasse com o quarto ano de escolaridade que tanto me desafiava.

Após um tempo me guiando pela Pedagogia Sistêmica, percebi a necessidade de fazer com que os alunos se conscientizassem de que eles, realmente, pertencem ao Sistema Escolar, e que neste Sistema todos têm o seu lugar e que estão ali para cumprir, cada um, o seu papel.  Criei então, um exercício baseado na Lei do Pertencimento, uma das Leis do Amor, observadas por Bert Hellinger.

Segundo ele, a Lei do Pertencimento diz que todos que fazem parte de um sistema familiar jamais podem ser excluídos ou deixar de pertencer. Pertencer é antes de tudo um sentimento natural, uma necessidade de qualquer ser humano. Cada pessoa que nasce ou é vinculada a um sistema, necessita ser reconhecida como membro integrante e respeitada no seu lugar e papel dentro desse mesmo sistema.

Em 2018, deparei-me com um novo desafio: participar do PEES-DF/2018, na UnB, promovido pelo Instituto Hellen Vieira da Fonseca, contribuindo com a apresentação do meu exercício de Pertencimento, agora desenvolvido para cada faixa etária trabalhada.

E assim eu sigo... honrando meu trabalho e minha profissão.

 


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