Um ressentimento antigo é chamado de rancor.
Carregar um sentimento desse tipo é estar permanentemente no estado "contra", e é por isso que o rancor constitui uma parte significativa do ego de muita gente...
Um rancor é uma forte emoção negativa ligada a um acontecimento ocorrido no passado, algumas vezes distante, que é mantido vivo pelo pensamento compulsivo que reconta a história, na cabeça ou em voz alta, "do que alguém me fez"...
Esse sentimento também é capaz de contaminar outras áreas da vida.
Por exemplo, enquanto pensamos sobre o rancor e o sentimos, sua energia emocional nefasta pode distorcer nossa percepção de um acontecimento que está ocorrendo naquele momento ou influenciar a maneira como falamos com alguém no presente ou nosso comportamento em relação a essa pessoa.
Um rancor profundo é suficiente para afetar vários aspectos da vida e nos manter nas garras do ego.
É preciso honestidade para verificarmos se ainda guardamos rancores, se existe alguém na nossa vida que não conseguimos perdoar completamente, um "inimigo".
Caso você esteja nessa situação, tome consciência do rancor tanto no nível do pensamento quanto no nível emocional, ou seja, conscientize-se dos pensamentos que mantêm a continuidade desse sentimento negativo e sinta a emoção, que é a reação do corpo a esses pensamentos.
Não tente deixar o rancor de lado.
Tentar perdoar não dá certo.
O perdão acontece de modo natural quando entendemos que o rancor não tem outro propósito a não ser fortalecer uma falsa percepção do eu, ou seja, possibilitar a a existência do ego...
O passado não tem força para nos impedir de viver no estado de presença agora.
Apenas o rancor em relação ao passado pode fazer isso.
E o que é o rancor?
A bagagem de velhos pensamentos e antigas emoções.
Eckhart Tolle - O Despertar de Uma Nova Consciência
Débora Carvalho
Pedagoga, Psicopedagoga, Terapeuta, Mestre em Reiki, ThetaHealing, Consteladora Familiar.