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Sobre o luto e as perdas

Sobre o luto e as perdas
Abjan Gomes/ Wallace Gomes
mar. 10 - 5 min de leitura
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O falecimento de um ente querido, tem um efeito devassador na vida. É uma fase, onde cada indivíduo reage de modo diferenciado. Conhecer e entender esse período, auxilia e norteia caminhos para a compreensão do turbilhão de emoções advindas nesse momento.

Como aprender a superar esse momento?

Como transformar o luto em experiência de afirmação a vida? É preciso aprender a lhe dar com o luto, reconhecermos que cada indivíduo reage de formas diferentes na mesma situação, e a concepção de momentos para uns difere para outros. Mas devemos aprender a lhe dar com a morte, viver o momento e se esforçar no caminho da recuperação.

Essa trajetória percorrida no caminho da superação faz toda a diferença para a retornada da vida e na diferenciação de luto normal ou patológico, pois cada reação é individualidade em pessoa de forma diversificada e o luto difere de um para outro.

O luto que um indivíduo enfrenta, não é diferenciado pelo seu tempo de duração, pois cada pessoa, e cada situação promovem um luto por determinado tempo. Cada um tem seu ritmo, na hora de passar pelo processo de elaboração da morte. São várias etapas: a vivência com o ocorrido, a compreensão, a raiva, a aceitação e, por fim, a superação.

As etapas merecem ser respeitadas para que a pessoa possa chegar na fase, em que ela retoma a sua vida, de maneira mais natural possível, sem que esqueça o ser querido que partiu, mas tendo aprendido a conviver com a ausência e a saudade.

E assim, reafirmando-se na vida, pois a vida tem uma brevidade exclusiva dela, onde não há interferência alguma ou intervenção que o faça alonga- lo, ou perpetuar a presença da pessoas queridas entre nós.

Como recomeçar sem a presença do ente querido?

Muitos ainda acreditam que fugir de assuntos que lembrem o ente querido seja a maneira correta para o enfrentamento do luto. E buscam outros assuntos para dialogar com a pessoa que está vivendo o luto, buscando a fuga como um caminho para a superação. Mas, essa atitude é um equívoco, não falar do assunto ou da pessoa falecida, não diminui a dor do enlutado, nem o fará esquecer sua vivência.

A melhor opção é a conversa, e deixar que a pessoa extravase a sua dor, sua perda, e discorra sobre as virtudes e defeitos do seu ente querido que se foi, partiu para a eternidade, e revele o quanto aquele alguém tem significado em sua vida, pois a morte não leva os valores perpetuados pela pessoa que morreu.

Isso é muito importante para se evitar a fuga do enlutado do seu convívio social, pois o afastamento do convívio social, só acarretara sua dor, e ainda que se veja e se sinta sozinho, sem ter alguém com quem dialogar.

A raiva

A raiva é uma emoção, podemos definir ainda como energia em movimento, pode até gerar mágoas e rancor no indivíduo, desencadeando inclusive estresse, depressão e ansiedade. Na ocasião de morte, esse sentimento se amontoa em nossa vida. E surge misturado a raiva, alguns questionamentos como:

Isso não é justo! Por que eu? Como vou viver sem a presença dessa pessoa?

Esses questionamentos e afirmações emergem e precisam ser enfrentados. E essa raiva precisa ser exposta, não pode ser prolongada, nem mascarada para ressurgir no futuro.

A pessoa que está vivenciando o luto precisa encontrar um alguém que participe de seu diálogo, seja sensível a sua dor, e assim torne sua vida mais fácil para o enfrentamento da dor, da perda. Para o alcance da aceitação, um ombro amigo, alguém em quem se confie sem reservas, que lhe norte o caminho para o retorno normal da vida.

Assim se percebe que é impossível caminhar sozinho na trajetória da vida, pois para nos reerguemos, tornarmos fortes na dor/perdas, precisaremos de um ombro amigo, que escute a nossa dor, caminhe conosco e tenha sempre uma mão amiga a ofertar, nessas circunstâncias.

Para que voltemos a sorrir para a vida, e a vida nos retribua com sorrisos, isso é possível por meio do saber sistêmico, permeando assim um caminho de um reencontro interior entre nós e a dor da ausência de um alguém especial em nossa vida, e encontre um novo significado daquele ente querido em nós. Isso é completar em nosso ser um vazio existencial. 

 

LEIA MAIS:

https://sabersistemico.com.br/blog/se-reinventar-e-preciso-para-a-construcao-da-vida

 

 


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