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Traição

Traição
Débora Carvalho
abr. 5 - 6 min de leitura
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Você que está lendo este post, com certeza, não foi por acaso. Talvez você já foi traído, ou foi você quem traiu. Atendo várias pessoas com que passam por esse tipo de sofrimento.

Você conhece alguém que passou por essa experiência, e se sentiu tão alterado, mas tão magoado a ponto de não confiar mais em ninguém? E ficou sem entender o por que isso acorreu? Por que não tinha conhecimento? 

Gostaria de saber o que você fez para superar uma traição? Como foi que você deu a volta por cima? O que foi que você aprendeu depois de uma traição? Você se tornou uma pessoa melhor ou pior? Deixe um breve relato aqui nos comentários. 

Há dias venho estudando muito sobre relacionamentos de casal, e hoje decidi fazer uma publicação, sobre esse assunto tão complexo e delicado, espero que possa te auxiliar a chegar em um novo nível de compreensão, e o meu desejo é que você libere esta pessoa de seus julgamentos. Que você se liberte também. 

Uma das dinâmicas da traição é quando existe um desequilíbrio no movimento entre dar receber na relação entre pais e filhos. Os pais são perfeitos como pais, a função deles, foi cumprida com sucesso. 

Acontece que as vezes, nós como filhos fazemos muitas confusões nestes aspectos, porque confundimos a relação de pais com a relação de casal dos pais, e isso não é de nossa conta. 

Nós no papel de filhos podemos nascer com uma necessidade maior de afeto. Seja porque no nosso nascimento tivemos um movimentos interrompidos em direção a mãe ou porque tivemos que ficar na incubadora. São vários fatores que influenciam o preenchimento deste "tomar o amor de nosso pais", primeiramente de nossa mãe. Ou seja, pode haver uma expectativa maior de receber o amor além do que nossos pais puderam doar, até porque só doamos aquilo que recebemos, as vezes os pais também não receberam dos pais deles, e assim para trás.

Então fica registrado de forma inconsciente um sentimento de vazio em relação aos pais, pois é na relação de casal que essa ferida emocional de infância vem a tona.

Ela se mostra de forma muito latente depois de um tempo de relacionamento, mais especificamente depois do casamento, depois que é assinado um documento oficial. 

Desperta então o chamado "corpo de dor",  que significa que trazemos uma carga de emoções ancestrais que ficam incubadas, aguardando o momento certo para se manifestar, geralmente são emoções muito densas, que carregamos como padrões de comportamento, como explosões, ataques de fúrias, ciúmes entre outras anomalias psíquicas. Você já se sentiu ofendido e teve uma uma reação fora do normal? 

O relacionamento de casal é nosso maior desafio, porque é nossa academia espiritual, é a nossa oportunidade de evolução.

É dentro de um relacionamento de casal que mais somos exigidos a fortalecer o músculo da tolerância e da paciência, entre outras virtudes. Respirar e contar até dez.

Quem está em um relacionamento amoroso sabe muito bem do que estou falando. Não casamos somente com a pessoa, casamos com o sistema familiar dela inteiro. 

Equilibrar tudo o que carregamos, e ainda suportar o que o outro carrega, é uma arte.

Os relacionamento são a grande chance de passar a vida e o amor que recebemos de nossos pais.

As pessoas que se envolvem em triângulos amorosos, estão emaranhados com suas questões pessoais, quando agem de formas compulsivas, não gerenciando os impulsos inconscientes em direção a sua mãe ou o pai. Ou outros membros ancestrais, acabam projetando no parceiro suas questões familiares. 

No caso de mulheres, a traição acontece porque ela carrega um movimento interrompido em direção ao pai, então essas mulheres carregam uma grande de dor que atua como um vazio, uma depressão.

É muito importante lembrar que existe uma criança que vive dentro de cada ser humano e que precisamos olhar para as dores dela com respeito e amor, pois antes de nos desenvolvermos como adultos nós passamos pelo estágio da primeira infância.

É esse aspecto dentro de nós, que muitas vezes excluímos, que está refletindo as grandes dores da alma, que está ressentido e desnutrido, de amor, afeto, proteção, segurança... sente uma lacuna, um vazio que precisa ser completado. E a lista de compensações é muito extensa. Existe uma ideia, uma sensação de que nunca está preenchido. 

Esse sentimento de vazio vai gerar uma compulsão, pode ser sexual, alimentar, ou por gastos excessivos, por muitas mulheres ou busca por muitos homens, ou muitas trocas de parceiros, ou por muitas compras, descontroles financeiros, álcool drogas entre outras dinâmicas. Enfim esse tema é um dos temas mais profundos de uma constelação Familiar.

Além de ser muito doloroso, uma traição envolve a todos os membros, como os filhos, os avós, tios, tias. Todos acabam mesmo que indiretamente participando deste sofrimento.

Esse tema exige a compaixão e principalmente  auto- responsabilidade, pois uma traição é responsabilidade sempre do casal e das duas partes envolvidas. 

Jogos de acusações ou vitimismo, não trazem soluções para esse tema que para mim, é existencial.

Uma das soluções é olhar para essa dinâmica sem julgamentos. Olhar por um contexto, olhar para o indivíduo como parte de um grande sistema familiar.

A quem estou sendo leal quando atraí um companheiro com essa dinâmica? A quem estou sendo leal quando eu traio?

Medite sobre isso e agende a sua constelação Familiar individual, em grupo ou online. 

Débora Carvalho
Pedagoga e Consteladora Familiar Sistêmica.


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