Segundo a Psicologia zona de conforto é:
"Uma série de ações, pensamentos e comportamentos que uma pessoa está acostumada a ter e que não lhe causam nenhum tipo de medo, ansiedade ou risco. É uma região onde nenhum indivíduo se sente ameaçado". ( Referência: site Significados).
Estamos todos (sabendo ou não) familiarizados com essa "zona". A vida se torna muito mais fácil, as situações parecem mais estáveis, mesmo quando nos sentimos um tanto quanto insatisfeitos, é o famoso "tá ruim, mas tá bom".
A vida sempre será um convite para pôr a cara para fora da zona de conforto, porque ela pulsa, diverte-se, arrisca-se, joga o jogo. A vida natural não tem zona de conforto.
Mas, quando nos acostumamos a viver "confortavelmente" infelizes, abrimos mão de uma série de aprendizados, vantagens e crescimento, que obviamente podem não parecer tão atrativos e confortáveis, que justifiquem sair da zona de segurança e "facilidades".
Tudo bem que seja normal que o ser humano procure adaptar-se à essa vida difícil, buscando um pouquinho de tranquilidade, evitando certos enroscos como se relacionar, competir, construir coisas e ter ideias originais. Embora, a vida seja bem mais divertida, mesmo quando nos dá mais trabalho, temos a tendência a deitarmos em nosso melhor sofá dentro da nossa zona de conforto.
Mas, se olhássemos bem para a nossa zona de conforto e sentíssemos sinceramente o desprazer de não realizarmos nossos sonhos mais íntimos, entenderíamos que estamos mesmo encerrados dentro de quartos antipânico. Porque só o medo, ao extremo e distorcido, consegue fazer com que nossa essência viva se paralise diante de tudo aquilo que desejamos.
O medo é o maior inimigo daqueles que se conformam, porque deixa de ser apenas um sinal do instinto avisando que a vida corre riscos. É certo que o instinto de sobrevivência é bastante convincente quando se propõe a cumprir seu papel no dia a dia. Mas, também é verdade que os maiores atentados à vida hoje em dia já não são mais feras soltas andando por aí.
O ego confiscou o instinto, depois que o homem deixou de frequentar cavernas. Hoje, somos aterrorizados com a possibilidade desde de faltar o caviar no jantar até de sermos criticados porque ousamos pensar em dizer algo diferente do esperado.
É preciso rever conceitos e acreditar mais em si mesmo. O medo é um oponente corajoso, mas apenas até que olhemos para ele e o enfrentemos. E não estou dizendo que seja fácil. Para uma pessoa como eu, que vive no limite do pânico, por conta de um transtorno de ansiedade pode parecer estranho ou até fácil falar disso.
Eu tive que vencer e abandonar a zona de conforto para poder ter uma vida de verdade na prática. A grande maioria das pessoas conseguem construir suas zonas de conforto com um certo conforto (desculpe a repetição de palavra), mas abandona o melhor de si mesmo no caminho.
Então, sua zona de conforto faz de você uma pessoa livre do verdadeiro medo de ser feliz?